sábado, 24 de abril de 2010

15- Voando e tocando bateria na casa de uma lobisomem.

Acordei cedo depois de ontem e fui procurar Jay.
- Jay? - perguntei, procurando ele.
- Estou aqui. - sua voz vinha da cozinha.
- Onde? - entrei pela porta.
- Na cozinha, meu bem.
- Estou indo. - cheguei a cozinha. - Uau, meu namorado cozinhando? - sorri.
- Não, só estou fazendo uns biscoitos de caramelo. - ele brincou.
- Pegou a receita? - fui abraça-lo
- Sim. E é muito boa. - eu caminhei até uma estante.
- Incluindo o leite condesado. - peguei uma lata de leite condessa e fiquei cutucando. - Devia só olhar, com um poder qualquer, já esquentava um docinho sequer.
- Sim, e ai vai topar mesmo a aula de bateria? - sorriu.
- Claro. Quero ir na sua casa e conheçer seus pais. - eu beijei seu rosto. - Mais eles são perigosos? - gemi.
- Não, eles não fazem mal a quem eu conheço, e a propósito, minha mãe é uma humana normal, eu que sou o defetuoso. Já o meu pai... E assim a minha irmã puchou para ele. - sai, enquanto ele abria o forno.
- E ela é um tipo de mulhisomem?
- Isso ai, mais o nome é MULHER LOBO, não existe abreviação para as mulheres que são lobos, só os homens. Eu tinha um amigo que era lobisomem, ele odiava um vampiro, e numa dessas, ele caiu numa fria e morreu.
- Lamento...
- Sem isso, eu também não gostava muito dele.
Comemos uns biscoitinhos e eu fui tomar banho, depois Jay se vestiu e entrou no carro. Estava quente lá fora, não era verão, mais estava numa temperatura de 36º.
- Jully, o que você acha de quatro meses de namoro? - ele dirigia, sorrindo.
- Para nós dois está ótimo. - eu torci o tornozelo no banco do carro enquanto tentei fazer um coração com a mão.
- Mais só quatro?
- Não, preferia a vida inteira, pelos nossos segredos e pelo nosso amor.
- Ah sim, uma borboleta e um cisne.
Chegamos na sua casa. Uma casa de dois andares e cor de fogo. Um portão enorme e dourado. Muitas janelas e dois cachorros. Entramos pelo portão de carro.
- Não me contou que morava em uma mansão. - olhei para a casa toda; embora demorasse alguns minutos para terminar esta vista.
- Não é uma mansão, chamo apenas de home. - ele entrou.
- Com tudo isso, só se for um homerão mesmo. - sorria, passada com a frase sem intenção que disse.
- Está bem. Jully, eu moro num casarão. - brincou.
- Legal.
Entramos na casa e Jay abriu a porta para mim.
- Seja bem vinda.
- Obrigada.
Ele fechou a porta do carro, e foi para a enorme porta de madeira polida de sua casa. Entrei e observei sua sala de estar. Era totalmente enorme e já se vistava a cozinha, do lado esquerdo. Tudo era enorme, muito lindo.
- Não me contou que tinha tanta coisa bonita em sua casa, amor.
- Bom, não me importo com nada disso. Vamos até meu quarto.
- Está bem.
Caminhamos até uma escada e subimos, lá em cima tinha uma mulher. Aparência perfeita: Morena e bronzeada.
- Jay, querido, está é sua namorada? - ela lançou um olhar severo, mais um pouquinho calmo.
- Sim. - afirmou.
- Perdão, sou Jully. - sorri.
- Sou Amanda, mãe de Jay. Sinta-se em casa.
- Está bem, obrigada Senhora Amanda.
- Só Amanda, por favor. - ela desceu a escada, enquanto eu subi.
- Ela é sua mãe mesmo? Quer dizer, de verdade? - segui Jay.
- Sim.
- Qual a idade dela? - eu parecia entusiasmada.
- 42. - ele sorriu.
- Nossa, ela é muito bonita. - confirmada, ouvindo passos de sua mãe ainda descendo a escada.
- Obrigado. - ele abriu uma porta de metal, simples, e entramos.
Era um quarto enorme e muito incrivel, ou absolutamente maravilhoso.
- É seu quarto?
- Sim, não repare a bagunça. - ele riu, embora eu visse muitas roupas no chão e na cama, o quarto continuava perfeito.
- Cama de casal, duas mesas, três armários. O que falta? - observava sua bateria, melalizada e com um tambô escrito: Jay Buttons.
- Você já está aqui. - ele deitou na cama.
- O que é Buttons? - caminhei para a bateria.
- Meu sobrenome, não ligue. - ele continuava deitado. - Não sou rico, viu.
- Entendo, pensei que fosse Jay Nuvens do Céu.. - sorria, sempre. - Meu nome é Jullie Moore Buttons, sem o céu, que tal?
- Bravo. - ele batia palmas, fortes e barulhentas.
Caminhei agora até a cama e sentei-me ao lado dele, maravilhada com o quarto. Eu descrevera que sua casa era enorme, e, bom, não era tão enorme assim, mais seu quarto era uma maravilha, cabia meu quarto e dez mesas separadas. Era um quarto preto e azul.
- Deite-se.
- E as aulas? - continuei sentada.
- Está para começar, mais descançe um pouquinho.
- Tá bem. - movi-me rápido.
Deitei-me em seu peito, que era forte, porém, macio como sua pele facial. Ele passava as mãos em minhas costas.
- Onde seu pai trabalha? - perguntei, observando o teto do quarto.
- Ele é empresário, dono de uma loja de assesórios para carros.
- Ah.
- E o seu, aliás, o nome dele?
- Ele se chama Oliver, e trabalha em uma fábrica de Freezer. - respondi, obcecada pela resposta.
- Ok, quer começar suas aulas? - tinha me aliviado um pouco com a resposta.
- É bom. - me levantei e sentei em uma cadeira, enquanto ele se direcionava e sentava em um banco horizontal a sua bateria. Começou a tocar.
- A primeira coisa é você saber que tipo de som cada tambô desses faz. Os mais finos fazem um som agudo, que são esses quatro prateados de você observa. Já os maiores, esses cinco que você vê tem uma batida forte, e para fazer o som desejado, é só precionar o braço, e tem mais um além dos cinco, que é um em que você precisa do pé para tocá-lo, ou seja, é só pizar em uma brexinha que a palheta se move abaixo e faz o som, mais se pizar, pize com força.
- Entendi. - estava realmente entendendo, mais o som que ele fizera era forte e tapei os ouvidos.
- Os mais finos demoram segundos para pararem de fazer o barulho agudo, diferente dos maiores, que depois que você bate ele já para de tocar, realizar som.
- Ahan; então significa que tenho que bater as palhetas de mão com mais forças, correto?
- Correto. Quer testar? - sorriu.
- Quero. - levantei-me e fui até o banquinho.
- Venha. - ele saiu do banquinho e sentou em mais um cadeira diferente.
Sentei e começei a tocar, toquei rápido e fiz um barulho legal:
TUM-TUM, TI-TI-TI TUMTUM.
- É Divertido. - sorri, tocando mais ainda e rápido.
- Sim mais precione o braço. - ele alevantou-se e moveu meu braço.
- Estou indo bem professor? - parei de tocar.
- Sim. - ele beijou meu rosto.
- Cansei, vamos deitar?
- Sim.
Deitamos na cama. Uma menina bateu a porta do quarto de Jay.
- Jay, me empresta seu celular? É que preciso ligar para Lully, Ana disse que amanhã vai ter sorteio na aula e não tenho certeza. - ela entrava, era uma menina ruiva de olhos clarissimos, e jovem, com aparência de uns 14 anos. Ela era a lobisomem, me afastei um pouco para o colo de Jay. - Ops. Me desculpem. Por favor Jay?
- Tá Duda, pegue. - Jay sorriu.
- Obrigado, olá, você deve ser Jully não?
- Sim, como sabe? - novamente esta pergunta, pelo menos alguém que deve ser legal perguntou. - sorri.
- Jay só me fala de você, estou cansada. - ela sorriu.
Ela pegou o celular e saíu.
- Ela tem lentes?
- Sim, mais seu olho é azul.
- E então , ela se alimenta de quê? - sorri para ele.
- De sangue de humano, só que os humanos de sangue ruim, entende... Você tem que gostar dela, ela não sente emoções, mais nunca chegue muito perto dela, ela é muito novinha, pode sentir sede rápido. - ele estranhava. - Não tenha tanto medo dela quando eu estiver perto, ela não tem coragem de ficar ao meu lado, meu cheiro pra ela é horrível.
- Como assim?
- Tipo, ela se alimenta de sangue humano, né? Daí que eu sou um animal e ela detesta animais, mais ela me ama. Sou irmão dela.
- E é mais velho.
- Por isso. Ela não chega ao meu lado para saber de nada. Só quando é importante para ela.
- E quem trás sangue humano para ela?
- Hora, ela se vira.
- E as amigas dela !? - eu me espantei.
- As amigas dela são do gênero dela, se não elas não seriam amigas, nem existiriam.
- Ela estuda?
- Não! Se ela chegar numa escola, que tem mais ou menos mais de 200 alunos, todos que estão lá estão ferrados.
- E como ela sabe das coisas?
- Minha mãe só é pequena né...
- Ah, esqueçi dela. - sorri.
- E onde ela anda para conseguir matar alguém?
- Ela vai mais para fora da cidade. Vive nos municípios pequenos, e, a polícia de Standford está a procura dela. Não sabem que é ela, mais eles praticamente viram alguma pegada...
- Hm, e tem como saberem de algo, tipo, o cheiro?
- Os humanos nunca vão sentir o cheiro de um lobisomem tão fácil. Apesar de não acreditarem em lobos, eles culpam cachorros, ou cavalos, mais por causa do pêlo.
- E no dia que ela estiver a mostar, assim, em forma de lobo? - eu estava fazendo perguntas demais, mais eu fiquei mais curiosa...
- Ah, ela corre.
- Hum... O nome dela?
- O nome dela é Eduarda, minha irmã do meio, com 16 anos. Tenho um irmão mais novo, Pietro, de 12 anos. E o outro de um ano mais velho que Pietro, Leonardo.
- Então tem quatro irmãos?
- Sim. Leonardo é o gênio da família hoje.
- Aniversariante?
- Sim, está comemorando seus 13 anos na Flórida, com sua namorada e a tia dele.
- Lobo?
- Não. Ele é uma espécie de morcego. Mais não é fatal, é um morcego vegetariano.
- Vegetariano. Ah sim. Por falar em aniversário, que dia e o seu?
- Mês que vem, dia 3, e como este mês está acabando e ainda faltando alguns dias para as férias acabarem, para o meu aniversário vai ser um dia antes das férias.
- Faltam seis dias, e seu aniversário é em Setembro. O que quer ganhar?
- Queria viajar para Los Angeles e um beijo seu. - sorriu.
- Não posso dar a viajem, mais o beijo pode ser antecipado.
Beijei-o pela centésima vez. Mais demorado e melhor de todos.
- Obrigado.

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