sábado, 24 de abril de 2010

23- Já era noite, só rolou conversa...

- Adivinhe com quem falei? - Leslie me esperava na porta.
- Quem? - perguntei.
- Dav e a namorada dele. - ela sorriu.
- Eu vi também, a namorada dele, a Gih, era minha BF.
- Ela falou comigo, mais ele estava atrasado.
- Comigo o mesmo.
- Marcamos um Jantar.
- Quando?
- Amanhã, as sete horas, no Restaurante Grill.
- Caramba, lá é tudo caro!
- Por isso mesmo, é chick. - ela riu. - E vai ser à casal. Você e Jay, eu e Tom e Dav e Geovanna.
- Vai falar com eles amanhã pelo MySpace? - Perguntei.
- Claro né querida...
- Aliás, cadê os meninos?
- Foram comprar água e salgados.
- Vamos lanchar aqui?
- É o geito, Jay tá morto de preguiça de dirigir.
- Bom, sabe que aqui fecha a duas horas.
- Vamos só se abastecer.
- Sabe que quero chegar cedo para arrumar minha roupa para amanhã.
- Ainda tem dois dias, quer dizer, um e meio.
- Eu sei, mais carambolas, é amanhã que eu vou no Grill.
- Dav recebeu do emprego dele.
- Quantos anos ele tem?
- 17 né. E ele trabalha de vigia de uma lan, se me parece.
- Legal. Ele vai pagar?
- Sim, disse que quer que a conta chegue a duzentos e noventa.
- Ele é meio doido? Quanto ele recebe?
- Quatrocentos, a lan é gigante, além de ter fliperamas e Wii.
- Wii Resort? Onde é? - abri meu bocão de susto.
- Centro da cidade.
- Estou lá.
- E uma novidade boa, o gerente disse que o Dav trabalha muito bem e que vai dar de graça um Wii.
- Caramba, quando ganhar me chama, já estarei com o controle na mão.
- Chegamos. - Jay e Tom com sacolas e uma garrafa de coca-cola na mão.
- Já sabem que os salgados são salgados, então comam devagar. - Tom riu.
- Se acalma, Tom. - Leslie pegou o saquinho de salgados.
Acabamos de comer e fomos para casa. Jay iria dormir comigo, no quarto de minha mãe.
Entrei em casa, a casa estava totalmente suja, mais fui para a cama.
- Deite, Jay.
Ele deitou e pegou minha mão.
- Dá para acreditar que somos casados?
- É, não em oficial, mais somos.
Ele me abraçou, deitado. Beijou minha testa e minha bocheca. Entretanto, beijou minha boca.
Cedo, claro e sem ninguém. Esqueçi que tinha que entrar no computador ontem para falar com minha mãe. Entrei e tinham duas mensagens dela, quase como sempre.
Baby,
Estou morrendo de saudades, e desculpe, mais é que a viagem foi adiantada, e devo ficar mais duas semanas. Claro, vai demorar. Deiche mensagens para mim, fico preocupada! E o que anda fazendo com Jay?
Princesa,
Mais um dia sem mensagens? Na terceira vez que fizer isso você ficará de castigo quando chegar. Tenho duas notícias: Ganhei um carro em uma promoção aqui, e vendi o meu. Ganhei mais dinheiro. Me sinto como uma americana de Hollywood!A Marilyn Monroe - é assim que escreve? Pois é, beijos.
Mamynha.
Claro que fiquei com medo do castigo, e era minha obrigação responder.
Mãe,
Me casei com Jay, não ''oficialmente'' mais casei! Lindo, eu chorei, já contei isso? E parabéns pelo carro. Somos praticamente ricas. E que marca é o carro ? Saudades!
Leslie ligou dizendo que ia me pegar, para irmos pegar dinheiro, no meu cartão. E foi.
Era noite, e Jay foi me buscar. Imaginei um carro simples, como o dele. Mais uma limusine parou em frente de minha casa. Nada porém, até chegarmos no ''chique'' restaurante da cidade, teria acontecido. Tudo calmo.
- Boa noite, o que desejam? - uma garçonete de óculos perguntou.
- Eu quero uma coca-cola! - Leslie gritou.
- Também. - Jay falou, e Tom também pediu. Geovanna ficou calada.
- Eu quero suco de laranja. - pedi.
- Eu também. - Geovanna olhou para mim e sorriu.
- Eu queria suco de limão com leite, por favor. - Alessandra ficou séria.
- O que Alê? - perguntei, rindo e lembrando do passado, lá no meu suco de limão com laranja.
- Amigo, manda ai pra mim um milk shake. - Dav pediu.
- Nossa, nem é sobremesa ainda.
- Então eu também quero coca.
- Bom, a coca que querem pode ser a maior? - a garçonete sugeriu.
- Claro. - Dav falou.
- Uma coca de três litros, dois sucos de laranja, outro de limão com leite. Desejam mais alguma coisa? - ela perguntou. - Para comer?
- Bom, queria uma pizza, mais e ai pessoal, alguma sugestão?
- Eu queria uma macarronada. - Leslie pediu.
- Uma macarronada, moça, e uma pizza.
- Pizza de quê, querido? - ela perguntou.
- Depende da minha mulher aqui. - ele segurou Gih no colo. Abraçou-a.
- O que deseja, moça? - a garçonete riu.
- Uma pizza de... qualquer uma, desde que tenha calabresa.
- Pode ser pizza de Calabresa?
- Pode.
Ela saíu.
- E aí, Geovanna, sou Jay.
- Prazer, Jay. Sou Geovanna, mais só Gih tá?
- Claro.
- Bom, você conheçe Jully a quantos dias, meses, anos?
- Quatro meses.
- Caramba!
- É, ''eu sei''.
- Jully, minha melhor amiga!
- Ei querida, sou eu tá? - Leslie riu.
- Desculpa, mais eu também sou. Sorria.
- Meninas, não briguem pela minha amizade tá? - falei, sorrindo e olhos piscando.
Pausamos segundos.
- Aquela x9.
- Quem, Leslie? - Leslie desligava o celular.
- Lulý Steventh.
- A Lulý? O que tem ela? - perguntei. Lulý era uma amiga muito chegada nossa, depois de conheçer um famosinho aí.
- Ela falou para quase todo mundo do colégio, que eu estava ficando com o Henrique, dá para acreditar? Putz...
- Acalma, pelo menos você sabe que não é verdade. Só se for...
- Como é que é? - Tom interrompeu.
- Foi mal, é mentira, claro amor. Eu te amo mais que tudo, iria acreditar nessa falsa? Patricinha?
- Acalma, flor. - ele riu.
- Pizza de calabresa chegando. - a moça serviu.
- Rápido, né? Mais cadê a macarronada?
- É um pouquinho mais demorada, mais tá chegando.
- Ok.
Estávamos saboreando. Mais uma surpresa me agradou mais. Observei que alguém tampava meus olhos.
- Quem será? - era uma voz meio a meio desconhecida, masculina, mais não me lembrava.
- Não sei.
Saiu as mãos dos meus olhos, virei-me para trás.
- Meu Deus! Ai que saudade, amigo! - gritei, levantando e abraçando-o.
- É, você nem adivinhou, né?
- Ai, me desculpe, Sam! Que saudades de você! Senta.
Ele se sentou longe. Sorrindo.
- Gente, esse é o Sam, meu primo! Sam, este são Leslie, Alessandra, Geovanna, Dav, Jay, meu namorado, Tom, e eu só.
- Prazer. - todo mundo falou.
- Olá, sou Sam. Desculpem estar incomodando.
- Nada. - eu falei. Jay olhou para mim, parecendo devorar-me de ciúme. Olhei para ele com cara de ''relax, está tudo bem''. Mais nada adiantou.
- Olha eu acho que sim, está incomodando pos estamos aqui em reunião. - Jay falou.
- Foi mal. - Sam falou.
- Não, Sam, Jay está brincando.
- É, me desculpe... - ele inesitou com a cara de ciúme.
- Bom, mais do mesmo modo, sou só amigo. - sorriu. - E acho que tenho que ir, minha namorada está me esperando lá fora.
- Sério, e como é o nome dela?
- Fernanda.
- Sortes. Mais e aí, só?
- Só, depois a gente se vê tá?
- Perfeito. - levantei-me e abraçei.
Sam era um de meus melhores amigos. Íamos passear juntos, vivíamos sempre colados, festas e aula juntos também. Eu escondia que o amava. Mais passou. Ele já me beijou. Mais doeu, doeu no meu coração eu ficar sem falar com ele por conta de minha mera paixão. Eu o amava mesmo.
- Jay, mais que falta de educação!
- Desculpe, querida, mais eu não estou tão bem hoje.
- Vamos embora quando? - perguntei.
- Depois que eu acabar minha coca, ué? - Dav falou.
- Bom, isso aí nem vale.
Ficamos a noite conversando, saímos do restaurante acho que eram exatamente 24:30 da noite. Só me deu sono depois do tchau.
- Jay, vou dormir. - ele iria ficar comigo.
- Acho que eu também.
Ele pulou na cama e pegou um travesseiro.
- Jaaay...
- Sim, querida ?
- Eu consegui usar meu poder hoje.
- Foi? Como?
- Eu trouxe de volta um amigo do passado...
- Ah, Sam?
- Sim, Sam. Ele.. Eu gostava muito dele, ele era bem chegado, sabe?
- Jully, não quero saber dele, vamos dormir?
- Fui ingnorada?
- Não, vamos dormir.
Ele me abraçou forte, dormimos...

22- Um passeio no fim da tarde.

Era limpo e preservado, mais estava totalmente lotado.
- Vamos assim mesmo?
- É o único geito. Todos os outros parques estão lotados.
Este era um dos vinte parques em que pagava para entrar, na capital. Eram cinco contos por pessoa para entrar. Malícia.
- Caramba aqui venta muito. - Jay falou, olhando para uma mesa de garrafa enorme. - Deve ser que é refrescante.
- Desde quando na capital um local de visitas pode ser refrescante, Jay?
- Desde agora.
- Nossa, que rápido. - sorri elegantemente, olhando novamente nos olhos de Jay. Tão claros quanto água do mar. Mas escuro quando se refere a mim. Eram perfeitos seus olhos, radiantes.
- Muita gente nesse local, vamos para a trilha! - Leslie pulava alto.
- Nem vai ter graça, só porque hoje está sol, quente de mais para falar a verdade, todo mundo vai para essa trilha. - Jay disse, e com certeza.
- Ai Jay, bobão, para com isso e vamos logo, eu duvido que esteja tão lotado. - ela duvidava muito.
Caminhada longa até a trilha, e é porque a trilha também é enorme, cerca de uns 7km. Muito para mim, é claro. O pior é que era cheio de mato, insetos e luz do sol batendo nas copas de árvores, que é claro, clareava em mim.
Entramos, e não estava tão lotado como Jay citou. Não no ínicio.
- Jully, eu posso ficar invísil a luz do sol, fica na minha frente? - ele sussurou para mim.
- Fico, sim. A Leslie sabe, só os visitantes, não é?
- Sim.
Pedi para Leslie cobrir ele.
- Caramba, olha o tamanho das árvores, Jully! - Leslie se orgulhava, olhando para cima.
- É, eu vi. Já veio aqui Leslie? - imaginei o orgulho dela.
- Sim, mais faz uns nove anos.
- E o quê aconteceu para você gostar tanto assim, menina?
- Bom, foi aqui que conheçi Dav.
- Mais ele não é seu irmão? - perguntei, tentando ao menos adivinhar o que era isto.
- É, família, mais e caso que eu nunca tinha visto ele, minha mãe não apresentou. Morava com meu pai.
- Nossa.
- É, eu sei todos falam isso, mais é tão esquisito. Não tem nada de ''uau'' na novidade.
- Por isso mesmo. - caí na risada, Jay e Tom se mataram de rir.
Minutos depois, no meio da trilha que parecia sem saída, Leslie parou. Mais devagar.
- Isso é uma rasteira? - ela olhou para meus sapatinhos. Novamente caminhou.
- Muito não, chamo de tamanquinho, só.
- Bom, mais pra mim, tá lindinho. Qual o número?
- Trinta e sete. - era um pezão daqueles.
- Caracas! Você tem pés, heim minha filha? - feito uma palhaça, ela ria. Eu ri igual.
- Sim, mãe, dois. - sorri.
A trilha mal começava, e Jay já com a garrafa de água na boca. Era bastante sol e sem uma sequer nuvem. Por onde andávamos, só tinha um casal e nossa turma. Um casal abraçado, mais sequentemente, tem agora dois. Dois casados.
Eu e Jay se abraçamos, Leslie e Tom, que ficou calado, ficaram agarrados pela cintura de cada um.
- Amor, se pudesse ganhar três desejos, o que seria?
- No primeiro, desejaria ter você pra sempre. - sempre, para sempre. - Segundo, desejaria que Leslie ficasse com Tom pra sempre. - os amigos estão na lista em segundo, é claro. - fiz uma pausa.
- E por último? - ele apertou minha barriga, fazendo me parar, com apenas uma mão. Encostou seu rosto no meu.
- Um beijo.
E esse era um desejo realizado.
- O primeiro sei que vai se realizar.
- E o segundo depende de Leslie.
- É, mais no meio, se eu estiver, e o desejo for legal, se realiza, é claro.
- Eu sei.
Novamente se realizou meu pedido.
- Eu só pedi uma vez.
- Desculpe, é que me empolgo fácil.
- Isso já me aconteçeu.
- Decorei desde aquele dia...
- Obrigada.
Estavamos a mais ou menos uns vinte metros perto da saída, e que estava já lotado, as pessoas sentadas e conversando, na calçada.
- Eu disse que ía lotar. - Jay olhou para Leslie, desafiando-a.
- Sim, mais não disse que os que lotaram iriam sentar, então não valeu. - Leslie deu língua.
- Será possível, essa guri faz tudo nos mínimos detalhes? - Jay olhou para mim. - Como você aguenta essa criatura? - ele olhou com uma cara de besta, mais sorriu depois.
- Ela é uma amiga e taaaanto se você não sabe. - falei, com um sorrisão quase vísivel para todos. - É porque você não convive com ela o dia todo.
- Como se eu fosse você, ha! - ele sorriu com Tom.
- Isso mesmo, delinquente. - eu fiz cara de ofendida.
- Poxa, obrigado.
- De nada, vamos Leslie. - juntei meu braço ao de Leslie e saí, para fazer raiva, rebolei.
- Aonde estão indo? - ele gritou.
- À algum lugar em que não conviva com Leslie.
- Ei, eu só tava brincando, esperem. - ele correu e puxou meu braço. - Vocês são assim mesmo ou só bagunçando?
- Os dois. Agora dá pra soltar meu braço, queridinho? - olhei séria para ele, mais no fundo morri de rir, da conta.
- Eu sei que gostou, senti. - soltou, mais me seguiu.
- Até parece. - eu ri.
Ainda na trilha, sem a garrafa de água, porque o Jay acabou com a nossa média garrafa, paramos um pouco.
- Nossa, eu devo ter perdido uns cinco kg, só nessa caminhada doida. - eu anunciei.
- E eu, que sô forte, devo estar pesando uns 60 kg. - Jay brincou.
- Quanto você pesa? - perguntei, mais ou menos na dúvida.
- 71. Mais não é pela gordura não viu? É que eu sou fortão e alguns musculos são pesados.
- Sei disso. Você só anda comendo pizza e fritas. E é verdade, só essa semana que você almoçou lá em casa foram dois pacotes de biscoito recheado. - falei.
- Mentira, a Leslie me ajudou a acabar. - ele apontou para o nariz de Leslie.
- Mais você comeu. - imaginei um vídeo de minha cantora preferida.
Ele e etc fizeram uma pausa de vários minutos até que nos levantamos e criamos coragem.
- Está perto, que chegar primeiro ganha alguma coisa. - Tom falou, a primeira coisa que ele disse hoje.
- Até que enfim, pensei que o gato tivesse comido sua língua. - Leslie sorriu.
Correram, menos eu. Eu nunca corria demais. Jay não me esperou.
- Perdão, você é a Jully? - uma menina me cutucou, na trilha clara.
- Sim. - olhei para ela, um rosto conhecido.
- Ah! Geovanna, vem cá! - ela gritou alto.
Eu me lembrava de uma Geovanna, que estudou comigo no ano passado. Eramos melhores amigas.
- Lembra de mim? A prima da Gih? Que até fizemos aniverssários juntas? Meu nome é... - eu interroguei.
- Eu lembro, você é a Mila? - sorri, e seu nome era Camila, mais eu a chamava assim.
- Sim, que saudades! - ela me deu um abraço forte.
- Ai que legal, você sumiu heim? - Camila sorria, seus dentes totalmente e surprendentemente brancos.
- Pois é. A Gih tava morrendo de saudades!
- E o que fazia por aqui?
- Passeando com o namorado da Gih e ela, claro. - sorria.
- O Pedro?
- Não, brigaram por causa de traição, o menino se chama Dav, pareçe. - ela olhou para trás.
- Dav? Ele tem irmã? - eu perguntei, imaginando o Dav.
- Sim, Leslie. - era ele.
- Ai que máximo! - sorri.
- Jully? - Gih gritou e correu.
- Ai Gih, que saudade! - abraçei ela.
- Também menina, onde se meteu? - ela sorria, linda.
- Apaixonada. E com uma amiga nova, sabe quem é? - eu me comprometi a perguntar isso.
- Não...
- Sua cunhada! - eu ri.
- Leslie? Cadê ela? - Gih procurou pelo olhar.
- Lá na frente. - apontei.
- Nem acredito! Familiares! Você tá grande. E clareou o cabelo? - ela pegou meu cabelo.
- Foi, mais não conta pra ninguém. - sussurei.
- Como você disse, apaixonada, quem é? - ela sorriu.
- Jay, namorado.
- Não conheço. Mais hein, me liga qualquer dia amiga!
- Claro, perdi seu número, mais passa o novo.
- Ok. Eu tenho o seu, é que meu número é novo, mais meu caderninho tem seu número, começa com 99?
- Sim.
- Então eu te ligo amore! Saudades.
- E você com Dav heim?
- Pois é, ele é maior gato, amor a primeira vista, nos conheçemos mês passado.
- Só um mês de namoro?
- É. Ei eu tenho que ir... É que a Mila tava correndo porquê eu fiquei com Dav frescando lá atrás, e nós estavamos atrasadas para a aula de ginástica de hoje.
- Epa, Juliete? - Dav agarrou Gih.
- Ah, oi Dav. - sorri, sempre.
- Você conheçe minha gatinha? - ele apertou a cintura da Gih, e beijou ela.
- Sim, estudei com ela.
- Que legal. - ele sorriu. - Amor temos que ir estamos atrados.
- Bom Jully, nos vemos depois viu? - ela me abraçou e deu um beijo no meu rosto. - Usando Petit heim? Tchau. - ela correu.
- Tchau, Jully querida. - Mila me deu um abraço e correu.
Caminhei e cheguei na porta.

21- Era um dia como qualquer outro, cheio de besteiras e tal.

O desenho de Alvin e os esquilos não era tão ruim como imaginei, mais era divertido. Era como quase todo o mundo viu, engraçado. A voz de Alvin era o que mais fazia Leslie e Tom rirem, eu e Jay nos matávamos de rir. Uma piada.
- Caraca, esse filme é bem legal. - Jay ria com Tom.
- Eu tinha ganhado numa loja que fui, ía dar um presente de aniversário para minha subrinha e ai ganhei. - Leslie ria.
- Comprou o quê?
- Brinquedo. Mais pudia ser qualquer coisa acima de dez reais, ai escolhia o dvd.
- Dez? Certeza?
- Sim.
- Onde?
- No shopping, Jay. - Leslie riu.
- Ah, é mesmo, esqueci.
- Leslie, o que acha de irmos a praça?
- Aquela em frente a boate do aniverssário do Jay?
- É.
- Claro.
Já estava num banco, comendo pipoca, em plena uma hora da tarde. Cedo de mais, sol de mais. Mais com minha turma eu me aliviava um pouco mais. Leslie passeou com Tom, perto de nós, é claro. Aliás, não queríamos que nada ocorrece.
- Hoje acordei com tanta preguiça. - Jay observava o sol. Toda vez, o sol.
- Eu também, mais era o único geito...
- Faltamos aula, lembra.
- Pois é.
- Mas estamos juntos do mesmo geito.
- Haja amor nessa história.
- Nossa, que coisa. - ele ria.
Fizemos pausa de dois segundos enquanto uma mulher e um homem, além de um bebê no colo dele, passaram.
- Não quero que isto aconteça comigo tão cedo. Minha mãe também não. - sorri.
- Muito menos eu, gastando meu dinheiro com mamadeira, mingau e fraldas.
- Pare com isso e vamos curtir a juventude.
Beijei ele rapidamente. Muito melhor, mais perfeito. Era um papo tão negado. Dvd's, brinquedos, shopping, praça. Era engraçado. Continuei beijando. Beijo.
- Acalme-se. - falei, sentindo que Jay acelerava.
Mais ele continuou, parecia gostar.
- Jully, o que acha de continuarmos melhor ainda o...
- Não quero.
- Estou falando do namoro, e não de...
- Está bem, desculpe.
- Nada. Mais desculpa também.
- Fica calmo. Eu que entendi errado. - lançei um sorriso malicioso para ele.
- Eu vi tudinho, não perdi nada. - Leslie ria.
- Ah, Leslie, não vem que isso até você faz.
- Eu sei, mais eu vi. - ela ria alto.
- Leslie, ri baixo... - eu sorri estranho. Mais sorri.
- Desculpa ai.
- Cadê Tom?
- Foi comprar sorvete. Vai querer?
- Não vou recusar se você pagar.
- Então tá, vamos lá.
- Brincadeira, eu pago.
- Vamos.
Chegamos em uma sorveteria.
- Olá, boa tarde. O que vão querer? - uma moça olhou para mim e Leslie, sorrindo. Seus dentes eram brancos de mais.
- Eu quero duas bolas de baunilha e uma de biscoito por favor.
- Mais vão colocar recheio ou só pela escolha?
- Recheio.
Ela colocou minhas três bolas de sorvete, num copo grande.
- E você, moça bonita?
- Vou querer uma de chiclete e duas de flocos.
Ela colocou e eu e Leslie fomos rechear o sorvete. Coloquei pedaçinhos de chocolate, brigadeiro, amendoim recheado e cobertura de chocolate. Leslie também, só que a cobertura foi de morango. Muito sabor num sorvete.
Sentei na cadeira que Jay e Tom estavam sentados, e Tom já estava com um picolé de, devia ser de chocolate, na mão.
- Não vai querer, Jay?
- Não.
- Saboreia o meu então.
- Está bem. Mais caramba foi caro heim? Tanta coisa... - Jay pegou a colherzinha e cutucou meu copão de sorvete.
- Leslie exagerou mais.
- As duas. - Tom sorria. Para ele, nada tinha acontecido ontem a noite. Ele não lembrava de absolutamente nada.
- Eu não exagerei tanto assim não, viu? Só coloquei amendoas, chocolate, barrinhas de baunilha, pedaços de flocos, morango, cereja e brigadeiro. Além da cobertura de morango. E Jully pegou um monte de coisas.
Todo mundo soltou uma risada fininha, para ela não desconfiar.
- Caramba, pegou tudo isso, Leslie? - eu e Jay sorríamos, enquanto Tom não falava nada, só saboreava seu picolé.
- E daí? Se está incomodado, compra um menor pra mim. Vou ficar agradecida.
- Pega! - Tom ria alto. - Testada, né amigão!
- Que é isso Tom, tadinho... - passei a mão nos cabelos de Jay. O moicano desmanchou um pouco.
- Ele quis se incomodar, me incomodei também. - Leslie sorria malvada.
- Mais não é pra tanto, Leslie.
- Era sim, ele é chato, meu deus. - Leslie resmungava só.
- Acalma, fica fria... - Tom falou.
- Eu não disse nada, a não ser o tanto que pegou, mais não te ingnorei, ingnorei? - Jay parecia sarcástico, mais passado com a coragem de Leslie ter dado uma bancada nele.
- Ai, Tom, vamos sair daqui por favor.
- Não Leslie, fica. - pedi a Leslie.
- Só fico se seu namorado pedir desculpas e ficar calado. - ela ficou em pé, séria.
- Eu? Desculpa. - Jay disse.
- Está bem.
Ela sentou e não falou mais nada.
- Jay Buttons? - uma menina de cabelos curtos e morena perguntava, ao meu lado, em pé.
- Sim, por quê? - Jay olhou para ela.
A menina gritou do nada e pulou.
- Garota, por quê você fez isso?
- Não vem me dizer que não sabe?
- Não, me conta.
- Meu nome é Angélica, e eu sou sua fã número um!
- Por?
- Sabe sua conta no YouTube? Essa mesmo, eu estava vendo suas fotos sem camisa, ao lado da menina mais bonita do colégio, a Andressa! - ela deu mais um grito, que ameaçava minha dor de cabeça piorar. Eu tinha dores de cabeça facilmente. - Me dá um autógrafo?
- Essa garota me paga. - Jay se levantou furioso da cadeira e foi até o carro. Entrei mais todo mundo.
Chegamos no apartamento que Andressa morava.
- Jay, você por acaso não colocou o vídeo do namorado dela...
- Coloquei. Agora se ela quer brincar mais, ela vai ver. - ele estava de pé, fora do carro, batendo a porta do apartamento de Andressa.
- Quem é? - ela gritava de dentro.
- Jay.
- Ora, ora ora, e não é que o amigo do Tomtom ta aí?
- Só vim pedir para parar de mecher com meus amigos e eu, se não...
- Se não o quê? - ela olhou desafiando Jay.
- Se não eu ponho a foto que tirei de vocês dois no ano passado e ponho nos jornais.
Ela ficou assustada.
- É aquela mesmo. Que você era morena, dentes tortos, olhos arreganhados.
- Por favor, não faça isso, eu te peço.
- Então faça um favor também, pare.
- Está bem. Quer um café?
- Não. Tchau.
- Tchau.
Ele entrou no carro e foi de volta para a praça.
- Caramba, não sabia que era tão...
- Ruim? Não sou, é apenas uma parte de mim quando estou com raiva. Você ainda não viu nada.
- Nossa.
- Mais e ai, terminou o sorvete? Leslie terminou?
- Leslie e eu, já.
- Vamos para casa?
- Ainda são três horas.
- Quer ir para onde?
- Podemos caminhar no Parque Botânico, agente só põe o carro no estacionamento e vamos lá...
- Está bem.
O Parque era ótimo para caminhar na trilha, não era perigoso pois era na rede elétrica e coberto de arvores com câmeras não inclusas. Mais era bom.

20- Amigas que aprontam feito inimigas.

Tudo ía bem, obrigado. Leslie estava em minha casa, mechendo no computador. Ela estava doida para comprar o famoso livro: '' TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA '', para dar para Tom, que adorava livros assim. Um pouco aventureiro, crônica, e dramático. Eu preferia '' A MORTE DE UMA LÁGRIMA '', de Pedro Bandeira. Adorava livros de terror. Contos horrívelmente legais.
Liguei para o Jay.
- Oi Jay.
- Ocupado, deiche seu recado.
- Oi Jay, queria perguntar se você está afim de ir para a festa pijama da Andressa, sei que homem não pode, mais você vai estar comigo. Aceita?
Esperei ele retornar, mais nada disso. Leslie estava pronta, no carro. Esperou...
- Leslie, liga pro Jay para mim?
- Claro.
Tocou. Tocou mais uma vez e nada.
- Alô, oi Jully.
- Até que enfim, Jay. Onde estava?
- Tomando banho, deichei o celular com a Duda, ela queria ligar pro namorado.
- Ela não tem celular?
- Tem, caso que ela não tem créditos ai usa o meu.
- Está bem. Viu a mensagem?
- Vi, vamos.
- Tá, esperando.
Jay chegou depois de vinte e um minutos, e fomos para a casa de Andressa.
- Olá Jully, oi Jay, oi Leslie. Entrem por favor.
Entrei e pude ver que não era uma simples festa de pijama, e sim uma festança de mil pessoas. Mil não, mais tinham umas cinquenta pessoas. Era a festa de pijama mais louca que já tinha ido. Como era uma festa de tanta certeza, eu estava produzida. Uma blusinha rosa transparente acima de meu top brilhante, e uma saia curtinha. Leslie estava com um vestido curto de mais, além de ser meio tranparente, mais é claro que ela estava com alguma coisa por baixo. Era lógico. Minhas pantufas eram de uma menininha, e a de Leslie eram de um coelho dentuço, lindinhas.
- Curtam a festa, conheçam pessoas, comam o que quiser. - Andressa falava, com sua roupa natalina. Claro, não era '' natal '' tão perto, mais ela tinha certeza de que sim. Meu natal eu já combinei com meus amigos, só que se der. Se economizarmos. E era uma surpresa para Leslie.
Eu adorava surpresas.
- Claro, Andy.
- Leslie, convidei seu namorado, Tom. Ele está lá em cima, com a Sthefany.
- Obrigada. - Leslie estava rouca, mais não enchergava Tom.
- Leslie, quer que eu vá com você lá em cima? - sussurei para ela, pois ela estava meio insegura.
- Seria bom.
Subimos uma escadinha simples. Só um pouco grande. Leslie abriu a porta.
- Não acredito! - gritou Leslie.
Leslie deparou Tom beijando a garota. Sthefany.
- Epa Leslie, espera, não é o que pareçe. - Ele soltou a cintura da menina e saíu atrás de Leslie, pelo visto, havia bebido de mais.
- Vamos, Jully. - Ela estava séria, nem tanto quanto parecia, mas arrasada.
- Poxa, Leslie, deixa eu explicar!
- Não quero esplicação! Seu traidor! Eu sabia que estava bom de mais para ser verdade, eu sabia! - Estava parada e rouca de gritar, cara a cara com Tom. Leslie era a menina mais forte que eu já conheçia, ela não chorou.
- Vou deixar vocês ai. - Saí de fininho, por trás da porta ouvindo tudo.
- Ele não tem que explicar nada, foi ele que me agarrou. - Sthefany dizia as frases mais fortes para Leslie.
- É claro que não, idiota, ele está bêbado.
- Por favor, me perdoa!
- Temos muito o que conversar, Tom, mais hoje já passou dos limites. - Leslie saíu e bateu a porta. Correu para a porta, onde Jay estava sentado em um banquinho, esperando. Ele podia ouvir os gritos.
- Já vão?
- Leslie, o Tom estava bêbado e beijou uma menina, Leslie chegou e...
- Não precisa contar. Levo ela para casa.
- Espero que tenham curtido. - Andressa falava.
- Você vai ver uma coisa... - Jay falou.
Saímos e deichamos Leslie em casa. Fiquei com ela lá, ao lado de Jay.
Ela foi para o quarto deitar.
- Isso foi culpa de Andressa. - estavamos na sala de janta de Leslie. Dela porque sua mãe havia viajado e deichado sua tia cuidar de vez em quando.
- Eu sei. Ela convidou Tom, ofereceu muita bebida para ele e deichou ele com uma menina no quarto.
- Sabe o nome dessa menina?
- Sthefany.
- Ai, a Andressa vai ver só.
- Porquê?
- Ela já namorou Tom também. E a menina, Sthefany, é a melhor amiga dela. Elas deviam ter planejado, porque já brigaram por Tom.
- Caramba, é um caso e tanto.
- Mais Leslie entende que não é culpa dele.
- Eu sei, mais está arrasada.
- Sim, isso sim. Deve ser horrível.
- Nunca faça isso.
- Fica fria.
Leslie saíu do quarto, sem nenhuma lágrima no rosto.
- Jully, querida, pode ir para casa, estou bem.
- Tem certeza? Não me importo em ficar aqui a noite toda.
- Tenho.
- Então está bem.
Saí com Jay. Ele ía dormir em minha casa.
Abri a porta da casa e fui para o quarto.
- Será que ela vai ficar bem? - perguntei para o Jay.
- Mais é claro. Ela sorriu e nem estava chorando, você viu.
- Vi, mais poderia ser um disfarçe para me dispensar.
- Se acalme, ela entende, eu sei.
- Tá bem. Não disse isso porque acredito, disse porque confio em você. Mais se algo der errado...
- Já disse que tá tudo bem.

Amanheceu. Claro de mais e uma chave para alguma coisa. Não sei o que é, mais era uma chave.
- A florzinha já acordou?
- Já.
- Fiz geléia de morango.
- Obrigada.
Levantei da cama, descabelada e com cara de sono.
- Epa, epa. Se sente que está em uma bandeja. Irei trazer.
- Que bom. - adormeci.
Segundos.
- Assim não tem graça.
- Estou acordada. - sorri.
- Pegue seu café da manhã.
- Muito obrigada.
Comi tudo. Era pouca coisa, mais abasteceu para um dia todo.
- Estava com fome, hein.
- Não comi nada ontem.
- Lembro.
- E Leslie?
- Liguei para ela. Ela disse que falou com Tom, cuidou dele. Estava passando mal. Pelo visto...
- Ai que bom!
- Sim, pelo menos essa.
- Mais e Andressa?
- Tenho um plano contra ela. Uma missão perfeita. - O que seria exatamente essa missão?
- Que missão?
- Conheço o namorado dela.
- Certo.
- Ele traíu ela ontem, na festa, enquanto ela foi pegar um suco que pediu. Tirei fotos, depois de ouvir os gritos de você com Leslie, eu entendi. Ai agora ela vai ver o que é bom de beber, trair e chorar. Enquanto você estava lá dentro por um tempo, ela espiava rindo, na porta. Ouviu você dizer que ia sair, e ela saíu de perto.
- Nossa, que plano perfeito, espião?
- Nada, só que sou mais esperto do que você.
- Não diga isso. - beijei-o
- Vamos para a casa de Leslie?
- Esqueçi que hoje tem aula!
- Ela foi?
- O que acha?
- Não. Desculpe. - sorri
- Ela não foi, e nem nós. Podemos ficar na casa dela e assistir um filme, eu levo pipoca.
- Ótimo. Tom está lá?
- Sim.
- Que bom, pelo menos ela deve estar feliz hoje.
Enquanto eu me vestia, ouvi uma buzina.
- Vai lá, Jay?
- Sim, é Leslie.
- Sério? Não acredito.
- Tom está com ela.
Fiquei com roupa, peguei a chave e fui abrir.
- Bom dia, estão melhores?
- Eu acho que sim. Vamos assistir um filme? - Leslie sorria.
- Que estranho... Estavamos planejando a mesma coisa!
- Olá, trouxe pipoca. - Tom saíu do carro.
- Olá, nossa vocês deviam ser nossos irmãos. Acreditem se quiser, mais eu estava me arrumando com Jay enquanto vocês já estavam aqui.
- Legal.
- Que filme trouxeram? - Jay abraçou Leslie e Tom.
- Alvin e os esquilos 2.
- Desenho? - sorri, eu imaginava um filme de ação ou algo parecido.
- Sim.
- Vamos assistir então.

19- Eu descobri que meu passado foi ao lado dele.

Não demorou muito para eu acordar e me arrumar para ir para a aula, mais eu sabia que estava com muita má vontade. Jay me levaria para a escola.
Entrei no carro.
- Olá.
- Oi, minha vida. - Jay me abraçou.
- Eu estava me imaginando se gostou do notbook?
- Eu? Quero que implore para mim não aceitar. Gastou o dinheiro de seu cartão por mim? Não aceito.
- Aceite, se não fico com raiva.
- Poxa.
- Viu que é POSITIVO?
- Sim, fiquei impressionado.
- É, e para você saber, tem o INTEL CELERON viu?
- Sério, caramba!
- Bom, é sim.
- Eu estava pensando em meu passado
- Eu também. Quando estudei no colégio Pentágono.
- Estudou lá? Sério? Eu também.
- É sério? Caramba.
- Nossa.
- Eu estava me lembrando do meu meio ficante de lá, na quinta série. Chamava ele de Yja, mais não lembro o nome dele realmente.
- Era...
- Ele tinha mechas loiras.
- Jully, acredite se quizer. Era eu!
- Estudou com a Lyvi? - duvidei.
- Caramba, realmente, sim! Tenho um diploma que ganhei com ela.
- Uau, Jay, que máximo!
- Sim, é bacana. Estamos juntos outra vez. Já imaginou, minha Ly.
- Ly?
- Eu te chamava assim, lembra amor?
- Ai que lindo. Lembro, é claro.
Cheguei na escola com tanto entusiasmo que contei para Leslie.
- É sério, e por isso desconfiava...
- De que?
- De vocês, ué, eram unidos e até agora também?
- É mesmo.
- Jul, tenho que ir ali. É que Andy está me chamando, ela quer falar com você também.
- Comigo?
Segui Leslie até uma menina. Ela era loira que nem eu. Mais estava totalmente vestida de rosa, e com aparelho. Mascando chiclete.
- Olá, sou Andressa, mais me chame de Andy pra facilitar.
- Oi Andy, sou Jullie, mais chama de Jully.
- Prazer Jully, sou a antigona namorada de Jay.
- Hum. Namoraram quando?
- Do início de 2004 até o fim. Porque uma antipática tava gostando dele e encantando ele.
- Anne.
- Sim, essa. - ela estourou uma bola de chiclete.
- Ela também tava aqui no primeiro dia, mais saiu.
- Eu vi, eles até brigaram. Mais fica fria, amore, você verá como eu sou só uma amiga do Jay, mais pela vergonha que esta Anne nos fez passar, ela verá uma coisa...
- Entendi. Percebo que ela é chata só pelos apelidos. Me chamou de JÚ quando me conheçeu. Ai que raiva.
- Nem te conto do que ela me chamou. Dressande. Que podre.
- Concordo.
- Bom, Jully, eu tenho que ir. Amigas?
- Amigas.
- Vi você falando com Andressa, o que puxaram na conversa?
- Você já namorou com ela, sobre a antipática da Anne...
- Hum, e viraram amigas de um dia pro outro?
- Sim, é tão engraçado, Yja.
- Jay... Esqueçe isso. Esse apelido eu odiava.
- Eu sei. - risos.
- Bom Ly, tenho que ir, aceita uma carona? Aliás sua mãe tá em casa?
- Primeiro, aceito. Segundo, não me deichou notícias desde que viajou, vou falar com ela.
- Ok, vamos?
- Vamos.
Entrei no carro e fomos até minha casa.
- Posso dormir aqui hoje?
- A vontade.
- Obrigado.
Ele deichou o carro e ficou em casa.
- Jully, minha mulher, o que acha de ligarmos para sua mãe.
- Ela mandou eu deichar mensagens no MSN.
- Mande.
Me conectei no meu MSN e recebi uma mensagem de minha mãe, e outra de Leslie.
Filha,
Já sabe que pode comprar no supermercado de perto de casa o que quiser com o cartão, e esqueçi de dizer onde ele está. Está na gaveta do meu quarto, dentro de minha pochete. Deixe mensagens.Também conheci um moço bonito que me pediu em namoro faz algum tempinho, e hoje aceitei. E mande parabéns para Jay.
Mamãe.
Respondi.
Oi mamãe,
Já tinha achado o cartão antes, e só comprei uma coisa com ele. E cuidado com esses homens, eles podem não ser o que parecem. Mando para Jay sim.
Beijos,
Jully.
Observei comigo mesma a mensagem que Leslie dizia, meio dramática, mais real. Em idéntico a me esqueçer que as aulas começariam no mês de maio.
Amiguinha do core,
Sei que é estranho mesmo, mais parabéns pelo seu '' casado '' com Jay, viu. Amanhã nos vemos na aula e quero te mostrar um menino que gosta de você na escola.
Respondi, a mensagem, nem mais nem menos e sem saber quem era o menino.
Leslie,
Obrigada pelos parabéns e quero saber quem é esse menino. Mais fala pra ele que tô casada. Até amanhã viu?
Jully.
Devia ser o Marcos, um menino do ano passado que me segue todo ano. Marcos é forte e de pele escura, um pouquinho clara. Se não, devia ser William, aquele que conquista qualquer um com suas covinhas labiais... Agora se não ser Marcos ou William, não sei quem é. Jay não gostaria de ouvir isto, de que um menino goste de mim, mais ele pode mecher com o coitado. '' Coitado '' porque ele não ia mangar nem um mais nem um menos do menininho, o simples.
Leslie me ligou, mais não atendi e nem tinha créditos em meu celular, só tinha o fixo, no qual não ouvia nada pois a linha era péssima. Sussurrava ou gritava mais era do mesmo modo ruim. Leslie ousava ligar outra vez. Só ligou para dizer que o menino se chamava Matheus. Só. Mais esse Matheus eu também devia conheçer, pois em minha sala do ano passado haviam cinco Matheus e varios, quase todos com letra ''m'', desde tipo, eu estava fora e encluia. Miriam, Maria, Mercedes, Murilo, Matheus, Marta... Era uma sala pra lá de ''m''.
- Oi, Jully.
- Oi Andy, tudo bem com você? - cheguei cedo na escola.
Estava claro e ensolarado, bem por aqui, adoramos verão, mais era ainda a primavera tão chata. Depois chegaria o verão. Eu iria viajar para Rio de Janeiro, Niterói. A praia e nada mais.
- Estou como sempre estaria, perfeita. E você?
- Feliz, somente.
- Legal, ei, o que acha de ir para meu apartamento hoje? De tarde, ai você dorme lá... - Não pude acreditar que ela morava só em um apartamento, e perguntei.
- Mora só?
- Claro, minha mãe mora em Osasco, e meu pai e meus irmãos em Vitória. Porquê?
- Nada, é que não queria atrapalhar.
- Você vai? Podemos fazer uma festa do pijama. Chamo umas amigas e você também.
- Ok, está marcado para depois do almoço.
- Tá bem.
Saí de perto de Andressa e fui até Leslie, convidá-la.
- Leslie, minha amiga, cadê o menino?
- Matheus? Está ali, esperando a horas.
- Ah, vou lá, mais antes, você quer ir no apartamento da Andressa fazer festa do pijama, você vai pra casa depois da aula e eu ligo para ela. Ai nos vamos, ok?
- Show! Mais é claro. Agora fala com o Matheus, acho que ele gostaria de ir.
Sentei-me ao lado de um menino calado, mais feliz, bonito e com físico fofo, não gordinho, mais forte.
- Olá, você deve ser o Matheus.
- E você, Jully. Prazer.
- Já estudei com você?
- Não, eu sou novo pela cidade.
- E como me conheçeu? - Eu puchava um papo besta.
- Sei lá, eu conheçia Leslie de onde ela morava antes, e ai ela mostrou você de longe.
- E?
- E eu gostei de sua beleza exótica.
- Obrigado, você também. Só que eu estou namorando.
- Meu primo, Jay.
- Ele é seu primo de verdade?
- Sim, a mãe dele, Amanda, é minha tia.
- Legal, Matheus.
- Faz um favor, me chama de Thetheus, que eu detesto esse nome...
- Ué, Thetheus, por quê?
- Porque... Eu já fui muito idiota com esse nome.
- Mas não é mais.
- A ta.
- E ai, Thetheus, o que acha de participar de uma festa do pijama na casa da Andressa?
- Adoraria, mais se for hoje não vai dar, é que irei para um lugar mais longe.
- Viajar?
- Não, só num bairro, com a família.
- Bom, e se quiser meu e-mail para conversar, é só...
- Tenho ele. Mais acho que você recusa desconhecidos.
- Sim, mais adiciona de novo, juro que aceito desta vez.
- Tá bem. Jully, posso te dizer uma coisinha do nada?
- Claro.
- Você é a menina mais bonita desse colégio, hoje.
- Ah, Thetheus, muito obrigada.
- De nada, é a mais pura verdade.
- Só não é pra bagunçar com meu cabelo, ele é verdadeiro.
- É claro, mais o meu é falso. Ele era preto, e tá meio roxo escuro, escondido nesse moicano.
- Lindo.
- Obrigado, linda.
- Bom, Thetheus, tenho que ir para a aula agora. Beijos.
- Beijos.
Beijei seu rosto, macio como um travesseiro. E ganhei outro em troca. Ele era tão fofo, mais Jay não podia saber disso. Será que ele ler meus pensamentos?

18 - Borboleta dançando na PROSHOWSOUND.

Estava totalmente lindo e tudo pronto quando chegamos na limusine. Eram luzes neon para todos os lados.
- Trouxe nossas lâmpadas-palitos. - sorria Leslie.
- Oba.
Cada um ganhou uma. Jay estava gritando.
- Jay, porque não abre a janela de cima? - falei.
- Esqueçi.
Jay abriu a janela, e em tamanha noite, gritava alto para todo mundo. Subi com ele e gritei também.
- Adorou?
- Amei, sem palavras. Obrigado. - ele agarrou meu percoço e beijei-o sobre a alta janela.
- Estamos vendo, hein! - Falou Leslie, ao lado de seu namorado, ou melhor, de Tom.
- Não me diga que ainda não fez isso.
- Claro que fiz. - ela riu, enquanto fui para o banco da limu.
- Caramba aqui é o máximo! - Tom balançava a lâmpada.
- O que achou, Dav? - Leslie perguntou.
- Nossa, nessa daqui eu to na mira, mana.
- Não brinca tanto vai perder a graça Dav.
Chegamos na boate, onde todos ou a maioria dos convidados já tinham entrado.
- Uou, essa boate é o máximo amiga. - Leslie estava agarrada com Tom, já dançando.
- Sei disso.
Entramos. O som estava altissímo e todos dançavam, comiam e bebiam. Ainda faltava muito para curtir a ''bombada de festa''.
Não demorou muito para Jay me chamar para sair. Saimos para fora e fomos passear um pouco.
- Está cansado? - falei, já imaginando que ele diria concerteza.
- Nem acredito que aguentei dançar tanto.
- Muito menos eu, para falar a verdade, a última vez que fui em uma festa dessas foi no meu último aniverssário.
- Entendi.
- Bom... - ele pegou minha mão, enquanto nos sentamos em um banco, e estava muito escuro. - eu acho que esta foi uma de suas melhores festas, não foi?
- Concerteza. Mais a minha última vez foi nas férias do ano passado. Perto. - ele sorria, pensativo.
- Também entendo.
- Sabe aquela parte do seu primeiro presente? Eu queria repeti-lo.
Não falei nada, apenas peguei em seu rosto liso e macio e beijei-o. Nunca fiz nada igual a isto: Tamanho fim do dia, num escuro beijando um menino em um banco de praça. Isto parecia uma música conhecida.
Ele parou.
- Quero confessar uma coisa. - falou, com as mãos grudadas em meus cabelos lisos. - Eu nunca amei tanto uma pessoa em minha vida. Nunca nem ao menos imaginei ter um namoro tão sério como este.
- Mais é o melhor? Sinceramente?
- O melhor de todos os que tive. Eu só posso dizer que te amo. E por falar nisso, você viu o que Tom pediu a Leslie?
- Sim, ela falou, o mais lindo anel.
- Quero poder fazer o mesmo, posso?
- Sim! - sorri.
- Julie Moore, pelo resto de sua vida, aceita ser minha fiel companheira até o fim, nem que a angústia, a morte ou a guerra possa nos separar?
- Aceito. - eu chorava de alegria, enquanto ele colocava um anel de ouro em meu dedo indicador. Babando, de ouro! Chorava sorrindo, e olhando nos olhos dele. - Jay Buttons, pelo resto de sua vida, aceita ser meu fiel companheiro até o fim, nem que nada nos separe?
- Aceito. - pus um outro anel dourado em seu dedo indicador e beijei-o novamente.
- Você planejou tudo isso? - falei, com máxima alegria, e chorando. Era um casamento de jovens, muito triste e lindo.
- Sim. Eu e Tom - ele enchugava novamente, mas felizmente, as minhas lágrimas doces.
- Eu te amo pra sempre. - eu falei com máxima certeza em meu olhar.
- Eu te amo até o fim. - ele sorria.
- Quer voltar até a festa ou ficar aqui?
- Não sei.
- Vamos, quero mostrar o que ganhei para Lessie.
- Lessie?
- Um novo apelido de Leslie, para irritá-la. Vamos.
- Vamos. - ele pegou minha mão e fomos.
Cheguei na festa, feliz e ouvindo uma música linda, já satisfeita. Leslie estava no palco cantando uma música solo. Romântica. Assim que terminou, acenei para ela.
- Lessie adivinha só o que ganhei?
- Para de me chamar assim, pow! - ela sorriu. - Jay falou, amiga!
- Ai, e você sabia?
- Hoje. Ele me falou quando você estava conversando com a Alê.
- Não acredito. - sorria, fingindo estar aborrecida.
- Tá afim de irmos cantar uma música lá na frente?
- Vamos.
Lessie chamou Jay e Dav, Tom era um membro novo do grupo que tocava baixo.
Cantamos uma música que produzimos a uns dias. Muito pop e com estilo rock mesmo. Nada de Razion novamente - a música de origem.
No fim de nós todos cantarmos a música, ficamos lá até amanhecer o dia, e Jay não negava que fosse uma festa boa.
- A festa está bombando, não é Julie?
- É claro né.
- Viu quem está aqui?
- Quem?
- Jhon.
- O quê? Como ele entrou?
- Ele é amigo da dona, não?
- Ah não, poxa.
- Oi Julie? Tudo bem? - Jhon pegou em minha cintura.
- Jhon, tire as mãos de mim, não estrague a festa do meu namorado.
- A próposito mesmo, eu vim me desculpar.
- Ok, mais vai embora. - evitei-o.
- Tá bom, você pediu.
Ele saiu. Jay olhava para ele com olhos de furia, de longe.
No fim, Jay me levou para casa e eu fiquei só. Dormi.

17 - E o MEU cisne completou 16 anos.

Jay ajudou Tom e voltou.
- Posso saber o que as ''amiguinhas'' estão fofocando?
- Não senhor. - eu disse, satisfeita e correta de que até agora ele não desconfiou, talvez.
- Ah, pode sim. - falou Leslie, piscando escondida para mim.
- O que é então?
- Estavamos falando do menino que agarrou sua namorada no baile do inverno. - disse Leslie.
- Como? Quem foi? - Jay pareceu acreditar.
- Jhon.
- Dessa eu sei, mais o que mais que ele fez com Julie?
- Só. - Leslie sorria solitária, só demonstrando a mão.
- E porque andam falando disso, ela gostou?
- Não, muito pelo contrário. - sorria também, como se fosse uma verdade desconfiante.
- Que bom.
- Jay, piorou. - Tom gritava da cozinha.
- Já vou. Parem de lembrar do passado. - saiu.
Ficou de noite depois de assistirmos alguns filmes e fui para casa. Jay me deu uma carona.
Depois de alguns dias de férias, o aniverssário de Jay chegou. Estava na casa de Leslie, enquanto não sabia onde estava o Jay.
- Leslie, você comprou presente?
- Sim, uma camiseta do nosso time. E você?
- Já falei, a festa.
- Ah sim, claro.
- Amiga, é claro que tem mais alguma coisa, não é? - sorri.
- O que é?
- Segredo entre eu e Jay.
- Ah eu te contei.
- Comprei um notbook novissímo pra ele.
- Caramba!
- É eu sei, ele vai adorar.
- E a festa onde será?
- Aluguei a boate que falei.
- Sério, eu vou de graça?
- Não.
- Como é que é? - ela sorriu, jogando um travesseiro em mim.
- Vinte reais a meia.
Ela se calou.
- Brincadeira, você tem sim.
- Eu sabia.
- E aí, descontei um dinheiro no meu cartão, tá afim de comprar as necessáries?
- Claro, quem chega primeiro? - Leslie saiu correndo, pegou a chave do carro e da casa.
- Já tranquei tudo, vamos?
- Vamos. - disse.
Entramos no carro e fomos até o centro da cidade. Se tem uma coisa que sei que Leslie adora fazer, é fazer compras.
Entramos em uma loja mais ou menos do tamanho de um shopping inteirinho. Eram roupas para qualquer estação do ano.
- Nós vamos para uma balada, então tenho e preciso que comprar uma meia-calça. - Leslie falou, pegando em uma embalagem de seu pedido.
- Para mim, eu preciso de uma saia curta e de um top. Não falta a bota.
- Eu também vou comprar, só que vermelha.
- Perfeito.
O telefone de Leslie tocou.
- Alô? Ah, estou fazendo compras com Julie para o aniverssário do Jay,e você? Ok, então. Beijos te vejo mais tarde amor.
- Era Tom?
- Sim. Ele esta comprando um presente para o Jay, disse que estava com saudades.
- Meninas, vocês são as que pediram botas cano longo? - uma moça perguntou.
- Sim. - falei com Leslie.
- Me sigam.
Compramos nossas botas. Nossas roupas eram as mais brilhantes. Leslie foi até a loja em que estava Tom. Chegamos e compramos alguns acessórios da loja.
- Tom, sabe onde o Jay está?
- Sei, ele foi para um passeio com a irmã dele e o namorado dela.
Pensei em matar a fome de EDUARDA.
- E que horas ele volta?
- Daqui a pouco, é bom nos apressarmos mais.
- Tá, vou para dentro do carro com Leslie.
- Pode ir, eu estou com Relph aqui. Ele vai me dar uma carona.
- Perfeito. - Leslie beijou Tom e saiu.
Entrei no carro com Leslie, que ligou o motor e foi direto para casa.
- Amiga, estou doida para experimentar as botas e fazer maquiagem.
- Eu também.
Leslie foi para o quarto, vestindo uma blusa balonê brilhante, um short jeans com meia calça e suas botas. Ficou linda. Ainda colocou jóias vermelhas, pois as botas com salto eram vermelhas.
- Amiga, você está linda, e eu estou repetindo o que falei no mês passado.
- Obrigada. - sorriu. - Agora vai experimentar a sua.
Vesti meu top preto com lilás, minha saia curta - não quis comprar short. Experimentei minhas botas pretas. Eu me achei linda.
- Leslie, vem cá.
- Oi. - entrou. - Caramba, você tá linda de mais amiga!
- Tá '' eu sei ''. - sorria.
Ficou de noite, e todos já estavam em minha casa. Jay buzinou.
- Entra Jay. - gritei, com a janela fechada para ele não perceber que tinhamos uma festa surpresa, não em casa. Mais um aviso comum.
- Entrei Jul... Cadê as luzes?
- Surpresa ! - todos gritaram quando acendi as luzes.
- Caramba, o que deu em vocês?
- Uma festa, Jay. - Leslie apareceu na multidão de amigos do Jay.
- Mais, com essas roupas? Que festa hein. - ele riu.
- Vai abrir os presentes agora ou mais tarde? - ela perguntou.
- Agora, né? - Jay já desconfiava da roupa e dos presentes.
- Não vai dar. Alugamos uma boate no centro que só entra convidados. - Leslie sorria.
- Não acredito que Julie concordou em fazer isso. - ele olhou para mim.
- Mais é claro que concordei, é seu aniverssário. Quer um presente agora?
- Quero.
- De quem? - perguntei, já planejando.
- Seu.
Beijei-o, e fiz com que todos aplaudissem.
- Gostou?
- Adorei. Mas e minha roupa?
- Vai assim, você é lindo de qualquer geito e com qualquer roupa.
- Uh! - todo mundo gritando.
- Como essa gente vai até a boate? - Jay não entendia.
- Ué, a pé eles não vão né? Aluguei seis carros Dôblo para irmos. - falei, sorrindo a cada minuto.
- Seis? Tem idéia de se tudo isso dá em seis carros? - ele não desconfiou dessa parte.
- Sim. - falei.
- Mas... - Jay não gostou do início.
- Mas nós vamos em uma limusine.
- Quem? - ele riu.
- Eu, você, Leslie, Thomas e Dav, a banda e incluindo uma pessoa, né?
- Não pensei nisso. Vamos logo? - sorria ele.