sábado, 24 de abril de 2010

20- Amigas que aprontam feito inimigas.

Tudo ía bem, obrigado. Leslie estava em minha casa, mechendo no computador. Ela estava doida para comprar o famoso livro: '' TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA '', para dar para Tom, que adorava livros assim. Um pouco aventureiro, crônica, e dramático. Eu preferia '' A MORTE DE UMA LÁGRIMA '', de Pedro Bandeira. Adorava livros de terror. Contos horrívelmente legais.
Liguei para o Jay.
- Oi Jay.
- Ocupado, deiche seu recado.
- Oi Jay, queria perguntar se você está afim de ir para a festa pijama da Andressa, sei que homem não pode, mais você vai estar comigo. Aceita?
Esperei ele retornar, mais nada disso. Leslie estava pronta, no carro. Esperou...
- Leslie, liga pro Jay para mim?
- Claro.
Tocou. Tocou mais uma vez e nada.
- Alô, oi Jully.
- Até que enfim, Jay. Onde estava?
- Tomando banho, deichei o celular com a Duda, ela queria ligar pro namorado.
- Ela não tem celular?
- Tem, caso que ela não tem créditos ai usa o meu.
- Está bem. Viu a mensagem?
- Vi, vamos.
- Tá, esperando.
Jay chegou depois de vinte e um minutos, e fomos para a casa de Andressa.
- Olá Jully, oi Jay, oi Leslie. Entrem por favor.
Entrei e pude ver que não era uma simples festa de pijama, e sim uma festança de mil pessoas. Mil não, mais tinham umas cinquenta pessoas. Era a festa de pijama mais louca que já tinha ido. Como era uma festa de tanta certeza, eu estava produzida. Uma blusinha rosa transparente acima de meu top brilhante, e uma saia curtinha. Leslie estava com um vestido curto de mais, além de ser meio tranparente, mais é claro que ela estava com alguma coisa por baixo. Era lógico. Minhas pantufas eram de uma menininha, e a de Leslie eram de um coelho dentuço, lindinhas.
- Curtam a festa, conheçam pessoas, comam o que quiser. - Andressa falava, com sua roupa natalina. Claro, não era '' natal '' tão perto, mais ela tinha certeza de que sim. Meu natal eu já combinei com meus amigos, só que se der. Se economizarmos. E era uma surpresa para Leslie.
Eu adorava surpresas.
- Claro, Andy.
- Leslie, convidei seu namorado, Tom. Ele está lá em cima, com a Sthefany.
- Obrigada. - Leslie estava rouca, mais não enchergava Tom.
- Leslie, quer que eu vá com você lá em cima? - sussurei para ela, pois ela estava meio insegura.
- Seria bom.
Subimos uma escadinha simples. Só um pouco grande. Leslie abriu a porta.
- Não acredito! - gritou Leslie.
Leslie deparou Tom beijando a garota. Sthefany.
- Epa Leslie, espera, não é o que pareçe. - Ele soltou a cintura da menina e saíu atrás de Leslie, pelo visto, havia bebido de mais.
- Vamos, Jully. - Ela estava séria, nem tanto quanto parecia, mas arrasada.
- Poxa, Leslie, deixa eu explicar!
- Não quero esplicação! Seu traidor! Eu sabia que estava bom de mais para ser verdade, eu sabia! - Estava parada e rouca de gritar, cara a cara com Tom. Leslie era a menina mais forte que eu já conheçia, ela não chorou.
- Vou deixar vocês ai. - Saí de fininho, por trás da porta ouvindo tudo.
- Ele não tem que explicar nada, foi ele que me agarrou. - Sthefany dizia as frases mais fortes para Leslie.
- É claro que não, idiota, ele está bêbado.
- Por favor, me perdoa!
- Temos muito o que conversar, Tom, mais hoje já passou dos limites. - Leslie saíu e bateu a porta. Correu para a porta, onde Jay estava sentado em um banquinho, esperando. Ele podia ouvir os gritos.
- Já vão?
- Leslie, o Tom estava bêbado e beijou uma menina, Leslie chegou e...
- Não precisa contar. Levo ela para casa.
- Espero que tenham curtido. - Andressa falava.
- Você vai ver uma coisa... - Jay falou.
Saímos e deichamos Leslie em casa. Fiquei com ela lá, ao lado de Jay.
Ela foi para o quarto deitar.
- Isso foi culpa de Andressa. - estavamos na sala de janta de Leslie. Dela porque sua mãe havia viajado e deichado sua tia cuidar de vez em quando.
- Eu sei. Ela convidou Tom, ofereceu muita bebida para ele e deichou ele com uma menina no quarto.
- Sabe o nome dessa menina?
- Sthefany.
- Ai, a Andressa vai ver só.
- Porquê?
- Ela já namorou Tom também. E a menina, Sthefany, é a melhor amiga dela. Elas deviam ter planejado, porque já brigaram por Tom.
- Caramba, é um caso e tanto.
- Mais Leslie entende que não é culpa dele.
- Eu sei, mais está arrasada.
- Sim, isso sim. Deve ser horrível.
- Nunca faça isso.
- Fica fria.
Leslie saíu do quarto, sem nenhuma lágrima no rosto.
- Jully, querida, pode ir para casa, estou bem.
- Tem certeza? Não me importo em ficar aqui a noite toda.
- Tenho.
- Então está bem.
Saí com Jay. Ele ía dormir em minha casa.
Abri a porta da casa e fui para o quarto.
- Será que ela vai ficar bem? - perguntei para o Jay.
- Mais é claro. Ela sorriu e nem estava chorando, você viu.
- Vi, mais poderia ser um disfarçe para me dispensar.
- Se acalme, ela entende, eu sei.
- Tá bem. Não disse isso porque acredito, disse porque confio em você. Mais se algo der errado...
- Já disse que tá tudo bem.

Amanheceu. Claro de mais e uma chave para alguma coisa. Não sei o que é, mais era uma chave.
- A florzinha já acordou?
- Já.
- Fiz geléia de morango.
- Obrigada.
Levantei da cama, descabelada e com cara de sono.
- Epa, epa. Se sente que está em uma bandeja. Irei trazer.
- Que bom. - adormeci.
Segundos.
- Assim não tem graça.
- Estou acordada. - sorri.
- Pegue seu café da manhã.
- Muito obrigada.
Comi tudo. Era pouca coisa, mais abasteceu para um dia todo.
- Estava com fome, hein.
- Não comi nada ontem.
- Lembro.
- E Leslie?
- Liguei para ela. Ela disse que falou com Tom, cuidou dele. Estava passando mal. Pelo visto...
- Ai que bom!
- Sim, pelo menos essa.
- Mais e Andressa?
- Tenho um plano contra ela. Uma missão perfeita. - O que seria exatamente essa missão?
- Que missão?
- Conheço o namorado dela.
- Certo.
- Ele traíu ela ontem, na festa, enquanto ela foi pegar um suco que pediu. Tirei fotos, depois de ouvir os gritos de você com Leslie, eu entendi. Ai agora ela vai ver o que é bom de beber, trair e chorar. Enquanto você estava lá dentro por um tempo, ela espiava rindo, na porta. Ouviu você dizer que ia sair, e ela saíu de perto.
- Nossa, que plano perfeito, espião?
- Nada, só que sou mais esperto do que você.
- Não diga isso. - beijei-o
- Vamos para a casa de Leslie?
- Esqueçi que hoje tem aula!
- Ela foi?
- O que acha?
- Não. Desculpe. - sorri
- Ela não foi, e nem nós. Podemos ficar na casa dela e assistir um filme, eu levo pipoca.
- Ótimo. Tom está lá?
- Sim.
- Que bom, pelo menos ela deve estar feliz hoje.
Enquanto eu me vestia, ouvi uma buzina.
- Vai lá, Jay?
- Sim, é Leslie.
- Sério? Não acredito.
- Tom está com ela.
Fiquei com roupa, peguei a chave e fui abrir.
- Bom dia, estão melhores?
- Eu acho que sim. Vamos assistir um filme? - Leslie sorria.
- Que estranho... Estavamos planejando a mesma coisa!
- Olá, trouxe pipoca. - Tom saíu do carro.
- Olá, nossa vocês deviam ser nossos irmãos. Acreditem se quiser, mais eu estava me arrumando com Jay enquanto vocês já estavam aqui.
- Legal.
- Que filme trouxeram? - Jay abraçou Leslie e Tom.
- Alvin e os esquilos 2.
- Desenho? - sorri, eu imaginava um filme de ação ou algo parecido.
- Sim.
- Vamos assistir então.

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