sábado, 24 de abril de 2010

23- Já era noite, só rolou conversa...

- Adivinhe com quem falei? - Leslie me esperava na porta.
- Quem? - perguntei.
- Dav e a namorada dele. - ela sorriu.
- Eu vi também, a namorada dele, a Gih, era minha BF.
- Ela falou comigo, mais ele estava atrasado.
- Comigo o mesmo.
- Marcamos um Jantar.
- Quando?
- Amanhã, as sete horas, no Restaurante Grill.
- Caramba, lá é tudo caro!
- Por isso mesmo, é chick. - ela riu. - E vai ser à casal. Você e Jay, eu e Tom e Dav e Geovanna.
- Vai falar com eles amanhã pelo MySpace? - Perguntei.
- Claro né querida...
- Aliás, cadê os meninos?
- Foram comprar água e salgados.
- Vamos lanchar aqui?
- É o geito, Jay tá morto de preguiça de dirigir.
- Bom, sabe que aqui fecha a duas horas.
- Vamos só se abastecer.
- Sabe que quero chegar cedo para arrumar minha roupa para amanhã.
- Ainda tem dois dias, quer dizer, um e meio.
- Eu sei, mais carambolas, é amanhã que eu vou no Grill.
- Dav recebeu do emprego dele.
- Quantos anos ele tem?
- 17 né. E ele trabalha de vigia de uma lan, se me parece.
- Legal. Ele vai pagar?
- Sim, disse que quer que a conta chegue a duzentos e noventa.
- Ele é meio doido? Quanto ele recebe?
- Quatrocentos, a lan é gigante, além de ter fliperamas e Wii.
- Wii Resort? Onde é? - abri meu bocão de susto.
- Centro da cidade.
- Estou lá.
- E uma novidade boa, o gerente disse que o Dav trabalha muito bem e que vai dar de graça um Wii.
- Caramba, quando ganhar me chama, já estarei com o controle na mão.
- Chegamos. - Jay e Tom com sacolas e uma garrafa de coca-cola na mão.
- Já sabem que os salgados são salgados, então comam devagar. - Tom riu.
- Se acalma, Tom. - Leslie pegou o saquinho de salgados.
Acabamos de comer e fomos para casa. Jay iria dormir comigo, no quarto de minha mãe.
Entrei em casa, a casa estava totalmente suja, mais fui para a cama.
- Deite, Jay.
Ele deitou e pegou minha mão.
- Dá para acreditar que somos casados?
- É, não em oficial, mais somos.
Ele me abraçou, deitado. Beijou minha testa e minha bocheca. Entretanto, beijou minha boca.
Cedo, claro e sem ninguém. Esqueçi que tinha que entrar no computador ontem para falar com minha mãe. Entrei e tinham duas mensagens dela, quase como sempre.
Baby,
Estou morrendo de saudades, e desculpe, mais é que a viagem foi adiantada, e devo ficar mais duas semanas. Claro, vai demorar. Deiche mensagens para mim, fico preocupada! E o que anda fazendo com Jay?
Princesa,
Mais um dia sem mensagens? Na terceira vez que fizer isso você ficará de castigo quando chegar. Tenho duas notícias: Ganhei um carro em uma promoção aqui, e vendi o meu. Ganhei mais dinheiro. Me sinto como uma americana de Hollywood!A Marilyn Monroe - é assim que escreve? Pois é, beijos.
Mamynha.
Claro que fiquei com medo do castigo, e era minha obrigação responder.
Mãe,
Me casei com Jay, não ''oficialmente'' mais casei! Lindo, eu chorei, já contei isso? E parabéns pelo carro. Somos praticamente ricas. E que marca é o carro ? Saudades!
Leslie ligou dizendo que ia me pegar, para irmos pegar dinheiro, no meu cartão. E foi.
Era noite, e Jay foi me buscar. Imaginei um carro simples, como o dele. Mais uma limusine parou em frente de minha casa. Nada porém, até chegarmos no ''chique'' restaurante da cidade, teria acontecido. Tudo calmo.
- Boa noite, o que desejam? - uma garçonete de óculos perguntou.
- Eu quero uma coca-cola! - Leslie gritou.
- Também. - Jay falou, e Tom também pediu. Geovanna ficou calada.
- Eu quero suco de laranja. - pedi.
- Eu também. - Geovanna olhou para mim e sorriu.
- Eu queria suco de limão com leite, por favor. - Alessandra ficou séria.
- O que Alê? - perguntei, rindo e lembrando do passado, lá no meu suco de limão com laranja.
- Amigo, manda ai pra mim um milk shake. - Dav pediu.
- Nossa, nem é sobremesa ainda.
- Então eu também quero coca.
- Bom, a coca que querem pode ser a maior? - a garçonete sugeriu.
- Claro. - Dav falou.
- Uma coca de três litros, dois sucos de laranja, outro de limão com leite. Desejam mais alguma coisa? - ela perguntou. - Para comer?
- Bom, queria uma pizza, mais e ai pessoal, alguma sugestão?
- Eu queria uma macarronada. - Leslie pediu.
- Uma macarronada, moça, e uma pizza.
- Pizza de quê, querido? - ela perguntou.
- Depende da minha mulher aqui. - ele segurou Gih no colo. Abraçou-a.
- O que deseja, moça? - a garçonete riu.
- Uma pizza de... qualquer uma, desde que tenha calabresa.
- Pode ser pizza de Calabresa?
- Pode.
Ela saíu.
- E aí, Geovanna, sou Jay.
- Prazer, Jay. Sou Geovanna, mais só Gih tá?
- Claro.
- Bom, você conheçe Jully a quantos dias, meses, anos?
- Quatro meses.
- Caramba!
- É, ''eu sei''.
- Jully, minha melhor amiga!
- Ei querida, sou eu tá? - Leslie riu.
- Desculpa, mais eu também sou. Sorria.
- Meninas, não briguem pela minha amizade tá? - falei, sorrindo e olhos piscando.
Pausamos segundos.
- Aquela x9.
- Quem, Leslie? - Leslie desligava o celular.
- Lulý Steventh.
- A Lulý? O que tem ela? - perguntei. Lulý era uma amiga muito chegada nossa, depois de conheçer um famosinho aí.
- Ela falou para quase todo mundo do colégio, que eu estava ficando com o Henrique, dá para acreditar? Putz...
- Acalma, pelo menos você sabe que não é verdade. Só se for...
- Como é que é? - Tom interrompeu.
- Foi mal, é mentira, claro amor. Eu te amo mais que tudo, iria acreditar nessa falsa? Patricinha?
- Acalma, flor. - ele riu.
- Pizza de calabresa chegando. - a moça serviu.
- Rápido, né? Mais cadê a macarronada?
- É um pouquinho mais demorada, mais tá chegando.
- Ok.
Estávamos saboreando. Mais uma surpresa me agradou mais. Observei que alguém tampava meus olhos.
- Quem será? - era uma voz meio a meio desconhecida, masculina, mais não me lembrava.
- Não sei.
Saiu as mãos dos meus olhos, virei-me para trás.
- Meu Deus! Ai que saudade, amigo! - gritei, levantando e abraçando-o.
- É, você nem adivinhou, né?
- Ai, me desculpe, Sam! Que saudades de você! Senta.
Ele se sentou longe. Sorrindo.
- Gente, esse é o Sam, meu primo! Sam, este são Leslie, Alessandra, Geovanna, Dav, Jay, meu namorado, Tom, e eu só.
- Prazer. - todo mundo falou.
- Olá, sou Sam. Desculpem estar incomodando.
- Nada. - eu falei. Jay olhou para mim, parecendo devorar-me de ciúme. Olhei para ele com cara de ''relax, está tudo bem''. Mais nada adiantou.
- Olha eu acho que sim, está incomodando pos estamos aqui em reunião. - Jay falou.
- Foi mal. - Sam falou.
- Não, Sam, Jay está brincando.
- É, me desculpe... - ele inesitou com a cara de ciúme.
- Bom, mais do mesmo modo, sou só amigo. - sorriu. - E acho que tenho que ir, minha namorada está me esperando lá fora.
- Sério, e como é o nome dela?
- Fernanda.
- Sortes. Mais e aí, só?
- Só, depois a gente se vê tá?
- Perfeito. - levantei-me e abraçei.
Sam era um de meus melhores amigos. Íamos passear juntos, vivíamos sempre colados, festas e aula juntos também. Eu escondia que o amava. Mais passou. Ele já me beijou. Mais doeu, doeu no meu coração eu ficar sem falar com ele por conta de minha mera paixão. Eu o amava mesmo.
- Jay, mais que falta de educação!
- Desculpe, querida, mais eu não estou tão bem hoje.
- Vamos embora quando? - perguntei.
- Depois que eu acabar minha coca, ué? - Dav falou.
- Bom, isso aí nem vale.
Ficamos a noite conversando, saímos do restaurante acho que eram exatamente 24:30 da noite. Só me deu sono depois do tchau.
- Jay, vou dormir. - ele iria ficar comigo.
- Acho que eu também.
Ele pulou na cama e pegou um travesseiro.
- Jaaay...
- Sim, querida ?
- Eu consegui usar meu poder hoje.
- Foi? Como?
- Eu trouxe de volta um amigo do passado...
- Ah, Sam?
- Sim, Sam. Ele.. Eu gostava muito dele, ele era bem chegado, sabe?
- Jully, não quero saber dele, vamos dormir?
- Fui ingnorada?
- Não, vamos dormir.
Ele me abraçou forte, dormimos...

22- Um passeio no fim da tarde.

Era limpo e preservado, mais estava totalmente lotado.
- Vamos assim mesmo?
- É o único geito. Todos os outros parques estão lotados.
Este era um dos vinte parques em que pagava para entrar, na capital. Eram cinco contos por pessoa para entrar. Malícia.
- Caramba aqui venta muito. - Jay falou, olhando para uma mesa de garrafa enorme. - Deve ser que é refrescante.
- Desde quando na capital um local de visitas pode ser refrescante, Jay?
- Desde agora.
- Nossa, que rápido. - sorri elegantemente, olhando novamente nos olhos de Jay. Tão claros quanto água do mar. Mas escuro quando se refere a mim. Eram perfeitos seus olhos, radiantes.
- Muita gente nesse local, vamos para a trilha! - Leslie pulava alto.
- Nem vai ter graça, só porque hoje está sol, quente de mais para falar a verdade, todo mundo vai para essa trilha. - Jay disse, e com certeza.
- Ai Jay, bobão, para com isso e vamos logo, eu duvido que esteja tão lotado. - ela duvidava muito.
Caminhada longa até a trilha, e é porque a trilha também é enorme, cerca de uns 7km. Muito para mim, é claro. O pior é que era cheio de mato, insetos e luz do sol batendo nas copas de árvores, que é claro, clareava em mim.
Entramos, e não estava tão lotado como Jay citou. Não no ínicio.
- Jully, eu posso ficar invísil a luz do sol, fica na minha frente? - ele sussurou para mim.
- Fico, sim. A Leslie sabe, só os visitantes, não é?
- Sim.
Pedi para Leslie cobrir ele.
- Caramba, olha o tamanho das árvores, Jully! - Leslie se orgulhava, olhando para cima.
- É, eu vi. Já veio aqui Leslie? - imaginei o orgulho dela.
- Sim, mais faz uns nove anos.
- E o quê aconteceu para você gostar tanto assim, menina?
- Bom, foi aqui que conheçi Dav.
- Mais ele não é seu irmão? - perguntei, tentando ao menos adivinhar o que era isto.
- É, família, mais e caso que eu nunca tinha visto ele, minha mãe não apresentou. Morava com meu pai.
- Nossa.
- É, eu sei todos falam isso, mais é tão esquisito. Não tem nada de ''uau'' na novidade.
- Por isso mesmo. - caí na risada, Jay e Tom se mataram de rir.
Minutos depois, no meio da trilha que parecia sem saída, Leslie parou. Mais devagar.
- Isso é uma rasteira? - ela olhou para meus sapatinhos. Novamente caminhou.
- Muito não, chamo de tamanquinho, só.
- Bom, mais pra mim, tá lindinho. Qual o número?
- Trinta e sete. - era um pezão daqueles.
- Caracas! Você tem pés, heim minha filha? - feito uma palhaça, ela ria. Eu ri igual.
- Sim, mãe, dois. - sorri.
A trilha mal começava, e Jay já com a garrafa de água na boca. Era bastante sol e sem uma sequer nuvem. Por onde andávamos, só tinha um casal e nossa turma. Um casal abraçado, mais sequentemente, tem agora dois. Dois casados.
Eu e Jay se abraçamos, Leslie e Tom, que ficou calado, ficaram agarrados pela cintura de cada um.
- Amor, se pudesse ganhar três desejos, o que seria?
- No primeiro, desejaria ter você pra sempre. - sempre, para sempre. - Segundo, desejaria que Leslie ficasse com Tom pra sempre. - os amigos estão na lista em segundo, é claro. - fiz uma pausa.
- E por último? - ele apertou minha barriga, fazendo me parar, com apenas uma mão. Encostou seu rosto no meu.
- Um beijo.
E esse era um desejo realizado.
- O primeiro sei que vai se realizar.
- E o segundo depende de Leslie.
- É, mais no meio, se eu estiver, e o desejo for legal, se realiza, é claro.
- Eu sei.
Novamente se realizou meu pedido.
- Eu só pedi uma vez.
- Desculpe, é que me empolgo fácil.
- Isso já me aconteçeu.
- Decorei desde aquele dia...
- Obrigada.
Estavamos a mais ou menos uns vinte metros perto da saída, e que estava já lotado, as pessoas sentadas e conversando, na calçada.
- Eu disse que ía lotar. - Jay olhou para Leslie, desafiando-a.
- Sim, mais não disse que os que lotaram iriam sentar, então não valeu. - Leslie deu língua.
- Será possível, essa guri faz tudo nos mínimos detalhes? - Jay olhou para mim. - Como você aguenta essa criatura? - ele olhou com uma cara de besta, mais sorriu depois.
- Ela é uma amiga e taaaanto se você não sabe. - falei, com um sorrisão quase vísivel para todos. - É porque você não convive com ela o dia todo.
- Como se eu fosse você, ha! - ele sorriu com Tom.
- Isso mesmo, delinquente. - eu fiz cara de ofendida.
- Poxa, obrigado.
- De nada, vamos Leslie. - juntei meu braço ao de Leslie e saí, para fazer raiva, rebolei.
- Aonde estão indo? - ele gritou.
- À algum lugar em que não conviva com Leslie.
- Ei, eu só tava brincando, esperem. - ele correu e puxou meu braço. - Vocês são assim mesmo ou só bagunçando?
- Os dois. Agora dá pra soltar meu braço, queridinho? - olhei séria para ele, mais no fundo morri de rir, da conta.
- Eu sei que gostou, senti. - soltou, mais me seguiu.
- Até parece. - eu ri.
Ainda na trilha, sem a garrafa de água, porque o Jay acabou com a nossa média garrafa, paramos um pouco.
- Nossa, eu devo ter perdido uns cinco kg, só nessa caminhada doida. - eu anunciei.
- E eu, que sô forte, devo estar pesando uns 60 kg. - Jay brincou.
- Quanto você pesa? - perguntei, mais ou menos na dúvida.
- 71. Mais não é pela gordura não viu? É que eu sou fortão e alguns musculos são pesados.
- Sei disso. Você só anda comendo pizza e fritas. E é verdade, só essa semana que você almoçou lá em casa foram dois pacotes de biscoito recheado. - falei.
- Mentira, a Leslie me ajudou a acabar. - ele apontou para o nariz de Leslie.
- Mais você comeu. - imaginei um vídeo de minha cantora preferida.
Ele e etc fizeram uma pausa de vários minutos até que nos levantamos e criamos coragem.
- Está perto, que chegar primeiro ganha alguma coisa. - Tom falou, a primeira coisa que ele disse hoje.
- Até que enfim, pensei que o gato tivesse comido sua língua. - Leslie sorriu.
Correram, menos eu. Eu nunca corria demais. Jay não me esperou.
- Perdão, você é a Jully? - uma menina me cutucou, na trilha clara.
- Sim. - olhei para ela, um rosto conhecido.
- Ah! Geovanna, vem cá! - ela gritou alto.
Eu me lembrava de uma Geovanna, que estudou comigo no ano passado. Eramos melhores amigas.
- Lembra de mim? A prima da Gih? Que até fizemos aniverssários juntas? Meu nome é... - eu interroguei.
- Eu lembro, você é a Mila? - sorri, e seu nome era Camila, mais eu a chamava assim.
- Sim, que saudades! - ela me deu um abraço forte.
- Ai que legal, você sumiu heim? - Camila sorria, seus dentes totalmente e surprendentemente brancos.
- Pois é. A Gih tava morrendo de saudades!
- E o que fazia por aqui?
- Passeando com o namorado da Gih e ela, claro. - sorria.
- O Pedro?
- Não, brigaram por causa de traição, o menino se chama Dav, pareçe. - ela olhou para trás.
- Dav? Ele tem irmã? - eu perguntei, imaginando o Dav.
- Sim, Leslie. - era ele.
- Ai que máximo! - sorri.
- Jully? - Gih gritou e correu.
- Ai Gih, que saudade! - abraçei ela.
- Também menina, onde se meteu? - ela sorria, linda.
- Apaixonada. E com uma amiga nova, sabe quem é? - eu me comprometi a perguntar isso.
- Não...
- Sua cunhada! - eu ri.
- Leslie? Cadê ela? - Gih procurou pelo olhar.
- Lá na frente. - apontei.
- Nem acredito! Familiares! Você tá grande. E clareou o cabelo? - ela pegou meu cabelo.
- Foi, mais não conta pra ninguém. - sussurei.
- Como você disse, apaixonada, quem é? - ela sorriu.
- Jay, namorado.
- Não conheço. Mais hein, me liga qualquer dia amiga!
- Claro, perdi seu número, mais passa o novo.
- Ok. Eu tenho o seu, é que meu número é novo, mais meu caderninho tem seu número, começa com 99?
- Sim.
- Então eu te ligo amore! Saudades.
- E você com Dav heim?
- Pois é, ele é maior gato, amor a primeira vista, nos conheçemos mês passado.
- Só um mês de namoro?
- É. Ei eu tenho que ir... É que a Mila tava correndo porquê eu fiquei com Dav frescando lá atrás, e nós estavamos atrasadas para a aula de ginástica de hoje.
- Epa, Juliete? - Dav agarrou Gih.
- Ah, oi Dav. - sorri, sempre.
- Você conheçe minha gatinha? - ele apertou a cintura da Gih, e beijou ela.
- Sim, estudei com ela.
- Que legal. - ele sorriu. - Amor temos que ir estamos atrados.
- Bom Jully, nos vemos depois viu? - ela me abraçou e deu um beijo no meu rosto. - Usando Petit heim? Tchau. - ela correu.
- Tchau, Jully querida. - Mila me deu um abraço e correu.
Caminhei e cheguei na porta.

21- Era um dia como qualquer outro, cheio de besteiras e tal.

O desenho de Alvin e os esquilos não era tão ruim como imaginei, mais era divertido. Era como quase todo o mundo viu, engraçado. A voz de Alvin era o que mais fazia Leslie e Tom rirem, eu e Jay nos matávamos de rir. Uma piada.
- Caraca, esse filme é bem legal. - Jay ria com Tom.
- Eu tinha ganhado numa loja que fui, ía dar um presente de aniversário para minha subrinha e ai ganhei. - Leslie ria.
- Comprou o quê?
- Brinquedo. Mais pudia ser qualquer coisa acima de dez reais, ai escolhia o dvd.
- Dez? Certeza?
- Sim.
- Onde?
- No shopping, Jay. - Leslie riu.
- Ah, é mesmo, esqueci.
- Leslie, o que acha de irmos a praça?
- Aquela em frente a boate do aniverssário do Jay?
- É.
- Claro.
Já estava num banco, comendo pipoca, em plena uma hora da tarde. Cedo de mais, sol de mais. Mais com minha turma eu me aliviava um pouco mais. Leslie passeou com Tom, perto de nós, é claro. Aliás, não queríamos que nada ocorrece.
- Hoje acordei com tanta preguiça. - Jay observava o sol. Toda vez, o sol.
- Eu também, mais era o único geito...
- Faltamos aula, lembra.
- Pois é.
- Mas estamos juntos do mesmo geito.
- Haja amor nessa história.
- Nossa, que coisa. - ele ria.
Fizemos pausa de dois segundos enquanto uma mulher e um homem, além de um bebê no colo dele, passaram.
- Não quero que isto aconteça comigo tão cedo. Minha mãe também não. - sorri.
- Muito menos eu, gastando meu dinheiro com mamadeira, mingau e fraldas.
- Pare com isso e vamos curtir a juventude.
Beijei ele rapidamente. Muito melhor, mais perfeito. Era um papo tão negado. Dvd's, brinquedos, shopping, praça. Era engraçado. Continuei beijando. Beijo.
- Acalme-se. - falei, sentindo que Jay acelerava.
Mais ele continuou, parecia gostar.
- Jully, o que acha de continuarmos melhor ainda o...
- Não quero.
- Estou falando do namoro, e não de...
- Está bem, desculpe.
- Nada. Mais desculpa também.
- Fica calmo. Eu que entendi errado. - lançei um sorriso malicioso para ele.
- Eu vi tudinho, não perdi nada. - Leslie ria.
- Ah, Leslie, não vem que isso até você faz.
- Eu sei, mais eu vi. - ela ria alto.
- Leslie, ri baixo... - eu sorri estranho. Mais sorri.
- Desculpa ai.
- Cadê Tom?
- Foi comprar sorvete. Vai querer?
- Não vou recusar se você pagar.
- Então tá, vamos lá.
- Brincadeira, eu pago.
- Vamos.
Chegamos em uma sorveteria.
- Olá, boa tarde. O que vão querer? - uma moça olhou para mim e Leslie, sorrindo. Seus dentes eram brancos de mais.
- Eu quero duas bolas de baunilha e uma de biscoito por favor.
- Mais vão colocar recheio ou só pela escolha?
- Recheio.
Ela colocou minhas três bolas de sorvete, num copo grande.
- E você, moça bonita?
- Vou querer uma de chiclete e duas de flocos.
Ela colocou e eu e Leslie fomos rechear o sorvete. Coloquei pedaçinhos de chocolate, brigadeiro, amendoim recheado e cobertura de chocolate. Leslie também, só que a cobertura foi de morango. Muito sabor num sorvete.
Sentei na cadeira que Jay e Tom estavam sentados, e Tom já estava com um picolé de, devia ser de chocolate, na mão.
- Não vai querer, Jay?
- Não.
- Saboreia o meu então.
- Está bem. Mais caramba foi caro heim? Tanta coisa... - Jay pegou a colherzinha e cutucou meu copão de sorvete.
- Leslie exagerou mais.
- As duas. - Tom sorria. Para ele, nada tinha acontecido ontem a noite. Ele não lembrava de absolutamente nada.
- Eu não exagerei tanto assim não, viu? Só coloquei amendoas, chocolate, barrinhas de baunilha, pedaços de flocos, morango, cereja e brigadeiro. Além da cobertura de morango. E Jully pegou um monte de coisas.
Todo mundo soltou uma risada fininha, para ela não desconfiar.
- Caramba, pegou tudo isso, Leslie? - eu e Jay sorríamos, enquanto Tom não falava nada, só saboreava seu picolé.
- E daí? Se está incomodado, compra um menor pra mim. Vou ficar agradecida.
- Pega! - Tom ria alto. - Testada, né amigão!
- Que é isso Tom, tadinho... - passei a mão nos cabelos de Jay. O moicano desmanchou um pouco.
- Ele quis se incomodar, me incomodei também. - Leslie sorria malvada.
- Mais não é pra tanto, Leslie.
- Era sim, ele é chato, meu deus. - Leslie resmungava só.
- Acalma, fica fria... - Tom falou.
- Eu não disse nada, a não ser o tanto que pegou, mais não te ingnorei, ingnorei? - Jay parecia sarcástico, mais passado com a coragem de Leslie ter dado uma bancada nele.
- Ai, Tom, vamos sair daqui por favor.
- Não Leslie, fica. - pedi a Leslie.
- Só fico se seu namorado pedir desculpas e ficar calado. - ela ficou em pé, séria.
- Eu? Desculpa. - Jay disse.
- Está bem.
Ela sentou e não falou mais nada.
- Jay Buttons? - uma menina de cabelos curtos e morena perguntava, ao meu lado, em pé.
- Sim, por quê? - Jay olhou para ela.
A menina gritou do nada e pulou.
- Garota, por quê você fez isso?
- Não vem me dizer que não sabe?
- Não, me conta.
- Meu nome é Angélica, e eu sou sua fã número um!
- Por?
- Sabe sua conta no YouTube? Essa mesmo, eu estava vendo suas fotos sem camisa, ao lado da menina mais bonita do colégio, a Andressa! - ela deu mais um grito, que ameaçava minha dor de cabeça piorar. Eu tinha dores de cabeça facilmente. - Me dá um autógrafo?
- Essa garota me paga. - Jay se levantou furioso da cadeira e foi até o carro. Entrei mais todo mundo.
Chegamos no apartamento que Andressa morava.
- Jay, você por acaso não colocou o vídeo do namorado dela...
- Coloquei. Agora se ela quer brincar mais, ela vai ver. - ele estava de pé, fora do carro, batendo a porta do apartamento de Andressa.
- Quem é? - ela gritava de dentro.
- Jay.
- Ora, ora ora, e não é que o amigo do Tomtom ta aí?
- Só vim pedir para parar de mecher com meus amigos e eu, se não...
- Se não o quê? - ela olhou desafiando Jay.
- Se não eu ponho a foto que tirei de vocês dois no ano passado e ponho nos jornais.
Ela ficou assustada.
- É aquela mesmo. Que você era morena, dentes tortos, olhos arreganhados.
- Por favor, não faça isso, eu te peço.
- Então faça um favor também, pare.
- Está bem. Quer um café?
- Não. Tchau.
- Tchau.
Ele entrou no carro e foi de volta para a praça.
- Caramba, não sabia que era tão...
- Ruim? Não sou, é apenas uma parte de mim quando estou com raiva. Você ainda não viu nada.
- Nossa.
- Mais e ai, terminou o sorvete? Leslie terminou?
- Leslie e eu, já.
- Vamos para casa?
- Ainda são três horas.
- Quer ir para onde?
- Podemos caminhar no Parque Botânico, agente só põe o carro no estacionamento e vamos lá...
- Está bem.
O Parque era ótimo para caminhar na trilha, não era perigoso pois era na rede elétrica e coberto de arvores com câmeras não inclusas. Mais era bom.

20- Amigas que aprontam feito inimigas.

Tudo ía bem, obrigado. Leslie estava em minha casa, mechendo no computador. Ela estava doida para comprar o famoso livro: '' TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA '', para dar para Tom, que adorava livros assim. Um pouco aventureiro, crônica, e dramático. Eu preferia '' A MORTE DE UMA LÁGRIMA '', de Pedro Bandeira. Adorava livros de terror. Contos horrívelmente legais.
Liguei para o Jay.
- Oi Jay.
- Ocupado, deiche seu recado.
- Oi Jay, queria perguntar se você está afim de ir para a festa pijama da Andressa, sei que homem não pode, mais você vai estar comigo. Aceita?
Esperei ele retornar, mais nada disso. Leslie estava pronta, no carro. Esperou...
- Leslie, liga pro Jay para mim?
- Claro.
Tocou. Tocou mais uma vez e nada.
- Alô, oi Jully.
- Até que enfim, Jay. Onde estava?
- Tomando banho, deichei o celular com a Duda, ela queria ligar pro namorado.
- Ela não tem celular?
- Tem, caso que ela não tem créditos ai usa o meu.
- Está bem. Viu a mensagem?
- Vi, vamos.
- Tá, esperando.
Jay chegou depois de vinte e um minutos, e fomos para a casa de Andressa.
- Olá Jully, oi Jay, oi Leslie. Entrem por favor.
Entrei e pude ver que não era uma simples festa de pijama, e sim uma festança de mil pessoas. Mil não, mais tinham umas cinquenta pessoas. Era a festa de pijama mais louca que já tinha ido. Como era uma festa de tanta certeza, eu estava produzida. Uma blusinha rosa transparente acima de meu top brilhante, e uma saia curtinha. Leslie estava com um vestido curto de mais, além de ser meio tranparente, mais é claro que ela estava com alguma coisa por baixo. Era lógico. Minhas pantufas eram de uma menininha, e a de Leslie eram de um coelho dentuço, lindinhas.
- Curtam a festa, conheçam pessoas, comam o que quiser. - Andressa falava, com sua roupa natalina. Claro, não era '' natal '' tão perto, mais ela tinha certeza de que sim. Meu natal eu já combinei com meus amigos, só que se der. Se economizarmos. E era uma surpresa para Leslie.
Eu adorava surpresas.
- Claro, Andy.
- Leslie, convidei seu namorado, Tom. Ele está lá em cima, com a Sthefany.
- Obrigada. - Leslie estava rouca, mais não enchergava Tom.
- Leslie, quer que eu vá com você lá em cima? - sussurei para ela, pois ela estava meio insegura.
- Seria bom.
Subimos uma escadinha simples. Só um pouco grande. Leslie abriu a porta.
- Não acredito! - gritou Leslie.
Leslie deparou Tom beijando a garota. Sthefany.
- Epa Leslie, espera, não é o que pareçe. - Ele soltou a cintura da menina e saíu atrás de Leslie, pelo visto, havia bebido de mais.
- Vamos, Jully. - Ela estava séria, nem tanto quanto parecia, mas arrasada.
- Poxa, Leslie, deixa eu explicar!
- Não quero esplicação! Seu traidor! Eu sabia que estava bom de mais para ser verdade, eu sabia! - Estava parada e rouca de gritar, cara a cara com Tom. Leslie era a menina mais forte que eu já conheçia, ela não chorou.
- Vou deixar vocês ai. - Saí de fininho, por trás da porta ouvindo tudo.
- Ele não tem que explicar nada, foi ele que me agarrou. - Sthefany dizia as frases mais fortes para Leslie.
- É claro que não, idiota, ele está bêbado.
- Por favor, me perdoa!
- Temos muito o que conversar, Tom, mais hoje já passou dos limites. - Leslie saíu e bateu a porta. Correu para a porta, onde Jay estava sentado em um banquinho, esperando. Ele podia ouvir os gritos.
- Já vão?
- Leslie, o Tom estava bêbado e beijou uma menina, Leslie chegou e...
- Não precisa contar. Levo ela para casa.
- Espero que tenham curtido. - Andressa falava.
- Você vai ver uma coisa... - Jay falou.
Saímos e deichamos Leslie em casa. Fiquei com ela lá, ao lado de Jay.
Ela foi para o quarto deitar.
- Isso foi culpa de Andressa. - estavamos na sala de janta de Leslie. Dela porque sua mãe havia viajado e deichado sua tia cuidar de vez em quando.
- Eu sei. Ela convidou Tom, ofereceu muita bebida para ele e deichou ele com uma menina no quarto.
- Sabe o nome dessa menina?
- Sthefany.
- Ai, a Andressa vai ver só.
- Porquê?
- Ela já namorou Tom também. E a menina, Sthefany, é a melhor amiga dela. Elas deviam ter planejado, porque já brigaram por Tom.
- Caramba, é um caso e tanto.
- Mais Leslie entende que não é culpa dele.
- Eu sei, mais está arrasada.
- Sim, isso sim. Deve ser horrível.
- Nunca faça isso.
- Fica fria.
Leslie saíu do quarto, sem nenhuma lágrima no rosto.
- Jully, querida, pode ir para casa, estou bem.
- Tem certeza? Não me importo em ficar aqui a noite toda.
- Tenho.
- Então está bem.
Saí com Jay. Ele ía dormir em minha casa.
Abri a porta da casa e fui para o quarto.
- Será que ela vai ficar bem? - perguntei para o Jay.
- Mais é claro. Ela sorriu e nem estava chorando, você viu.
- Vi, mais poderia ser um disfarçe para me dispensar.
- Se acalme, ela entende, eu sei.
- Tá bem. Não disse isso porque acredito, disse porque confio em você. Mais se algo der errado...
- Já disse que tá tudo bem.

Amanheceu. Claro de mais e uma chave para alguma coisa. Não sei o que é, mais era uma chave.
- A florzinha já acordou?
- Já.
- Fiz geléia de morango.
- Obrigada.
Levantei da cama, descabelada e com cara de sono.
- Epa, epa. Se sente que está em uma bandeja. Irei trazer.
- Que bom. - adormeci.
Segundos.
- Assim não tem graça.
- Estou acordada. - sorri.
- Pegue seu café da manhã.
- Muito obrigada.
Comi tudo. Era pouca coisa, mais abasteceu para um dia todo.
- Estava com fome, hein.
- Não comi nada ontem.
- Lembro.
- E Leslie?
- Liguei para ela. Ela disse que falou com Tom, cuidou dele. Estava passando mal. Pelo visto...
- Ai que bom!
- Sim, pelo menos essa.
- Mais e Andressa?
- Tenho um plano contra ela. Uma missão perfeita. - O que seria exatamente essa missão?
- Que missão?
- Conheço o namorado dela.
- Certo.
- Ele traíu ela ontem, na festa, enquanto ela foi pegar um suco que pediu. Tirei fotos, depois de ouvir os gritos de você com Leslie, eu entendi. Ai agora ela vai ver o que é bom de beber, trair e chorar. Enquanto você estava lá dentro por um tempo, ela espiava rindo, na porta. Ouviu você dizer que ia sair, e ela saíu de perto.
- Nossa, que plano perfeito, espião?
- Nada, só que sou mais esperto do que você.
- Não diga isso. - beijei-o
- Vamos para a casa de Leslie?
- Esqueçi que hoje tem aula!
- Ela foi?
- O que acha?
- Não. Desculpe. - sorri
- Ela não foi, e nem nós. Podemos ficar na casa dela e assistir um filme, eu levo pipoca.
- Ótimo. Tom está lá?
- Sim.
- Que bom, pelo menos ela deve estar feliz hoje.
Enquanto eu me vestia, ouvi uma buzina.
- Vai lá, Jay?
- Sim, é Leslie.
- Sério? Não acredito.
- Tom está com ela.
Fiquei com roupa, peguei a chave e fui abrir.
- Bom dia, estão melhores?
- Eu acho que sim. Vamos assistir um filme? - Leslie sorria.
- Que estranho... Estavamos planejando a mesma coisa!
- Olá, trouxe pipoca. - Tom saíu do carro.
- Olá, nossa vocês deviam ser nossos irmãos. Acreditem se quiser, mais eu estava me arrumando com Jay enquanto vocês já estavam aqui.
- Legal.
- Que filme trouxeram? - Jay abraçou Leslie e Tom.
- Alvin e os esquilos 2.
- Desenho? - sorri, eu imaginava um filme de ação ou algo parecido.
- Sim.
- Vamos assistir então.

19- Eu descobri que meu passado foi ao lado dele.

Não demorou muito para eu acordar e me arrumar para ir para a aula, mais eu sabia que estava com muita má vontade. Jay me levaria para a escola.
Entrei no carro.
- Olá.
- Oi, minha vida. - Jay me abraçou.
- Eu estava me imaginando se gostou do notbook?
- Eu? Quero que implore para mim não aceitar. Gastou o dinheiro de seu cartão por mim? Não aceito.
- Aceite, se não fico com raiva.
- Poxa.
- Viu que é POSITIVO?
- Sim, fiquei impressionado.
- É, e para você saber, tem o INTEL CELERON viu?
- Sério, caramba!
- Bom, é sim.
- Eu estava pensando em meu passado
- Eu também. Quando estudei no colégio Pentágono.
- Estudou lá? Sério? Eu também.
- É sério? Caramba.
- Nossa.
- Eu estava me lembrando do meu meio ficante de lá, na quinta série. Chamava ele de Yja, mais não lembro o nome dele realmente.
- Era...
- Ele tinha mechas loiras.
- Jully, acredite se quizer. Era eu!
- Estudou com a Lyvi? - duvidei.
- Caramba, realmente, sim! Tenho um diploma que ganhei com ela.
- Uau, Jay, que máximo!
- Sim, é bacana. Estamos juntos outra vez. Já imaginou, minha Ly.
- Ly?
- Eu te chamava assim, lembra amor?
- Ai que lindo. Lembro, é claro.
Cheguei na escola com tanto entusiasmo que contei para Leslie.
- É sério, e por isso desconfiava...
- De que?
- De vocês, ué, eram unidos e até agora também?
- É mesmo.
- Jul, tenho que ir ali. É que Andy está me chamando, ela quer falar com você também.
- Comigo?
Segui Leslie até uma menina. Ela era loira que nem eu. Mais estava totalmente vestida de rosa, e com aparelho. Mascando chiclete.
- Olá, sou Andressa, mais me chame de Andy pra facilitar.
- Oi Andy, sou Jullie, mais chama de Jully.
- Prazer Jully, sou a antigona namorada de Jay.
- Hum. Namoraram quando?
- Do início de 2004 até o fim. Porque uma antipática tava gostando dele e encantando ele.
- Anne.
- Sim, essa. - ela estourou uma bola de chiclete.
- Ela também tava aqui no primeiro dia, mais saiu.
- Eu vi, eles até brigaram. Mais fica fria, amore, você verá como eu sou só uma amiga do Jay, mais pela vergonha que esta Anne nos fez passar, ela verá uma coisa...
- Entendi. Percebo que ela é chata só pelos apelidos. Me chamou de JÚ quando me conheçeu. Ai que raiva.
- Nem te conto do que ela me chamou. Dressande. Que podre.
- Concordo.
- Bom, Jully, eu tenho que ir. Amigas?
- Amigas.
- Vi você falando com Andressa, o que puxaram na conversa?
- Você já namorou com ela, sobre a antipática da Anne...
- Hum, e viraram amigas de um dia pro outro?
- Sim, é tão engraçado, Yja.
- Jay... Esqueçe isso. Esse apelido eu odiava.
- Eu sei. - risos.
- Bom Ly, tenho que ir, aceita uma carona? Aliás sua mãe tá em casa?
- Primeiro, aceito. Segundo, não me deichou notícias desde que viajou, vou falar com ela.
- Ok, vamos?
- Vamos.
Entrei no carro e fomos até minha casa.
- Posso dormir aqui hoje?
- A vontade.
- Obrigado.
Ele deichou o carro e ficou em casa.
- Jully, minha mulher, o que acha de ligarmos para sua mãe.
- Ela mandou eu deichar mensagens no MSN.
- Mande.
Me conectei no meu MSN e recebi uma mensagem de minha mãe, e outra de Leslie.
Filha,
Já sabe que pode comprar no supermercado de perto de casa o que quiser com o cartão, e esqueçi de dizer onde ele está. Está na gaveta do meu quarto, dentro de minha pochete. Deixe mensagens.Também conheci um moço bonito que me pediu em namoro faz algum tempinho, e hoje aceitei. E mande parabéns para Jay.
Mamãe.
Respondi.
Oi mamãe,
Já tinha achado o cartão antes, e só comprei uma coisa com ele. E cuidado com esses homens, eles podem não ser o que parecem. Mando para Jay sim.
Beijos,
Jully.
Observei comigo mesma a mensagem que Leslie dizia, meio dramática, mais real. Em idéntico a me esqueçer que as aulas começariam no mês de maio.
Amiguinha do core,
Sei que é estranho mesmo, mais parabéns pelo seu '' casado '' com Jay, viu. Amanhã nos vemos na aula e quero te mostrar um menino que gosta de você na escola.
Respondi, a mensagem, nem mais nem menos e sem saber quem era o menino.
Leslie,
Obrigada pelos parabéns e quero saber quem é esse menino. Mais fala pra ele que tô casada. Até amanhã viu?
Jully.
Devia ser o Marcos, um menino do ano passado que me segue todo ano. Marcos é forte e de pele escura, um pouquinho clara. Se não, devia ser William, aquele que conquista qualquer um com suas covinhas labiais... Agora se não ser Marcos ou William, não sei quem é. Jay não gostaria de ouvir isto, de que um menino goste de mim, mais ele pode mecher com o coitado. '' Coitado '' porque ele não ia mangar nem um mais nem um menos do menininho, o simples.
Leslie me ligou, mais não atendi e nem tinha créditos em meu celular, só tinha o fixo, no qual não ouvia nada pois a linha era péssima. Sussurrava ou gritava mais era do mesmo modo ruim. Leslie ousava ligar outra vez. Só ligou para dizer que o menino se chamava Matheus. Só. Mais esse Matheus eu também devia conheçer, pois em minha sala do ano passado haviam cinco Matheus e varios, quase todos com letra ''m'', desde tipo, eu estava fora e encluia. Miriam, Maria, Mercedes, Murilo, Matheus, Marta... Era uma sala pra lá de ''m''.
- Oi, Jully.
- Oi Andy, tudo bem com você? - cheguei cedo na escola.
Estava claro e ensolarado, bem por aqui, adoramos verão, mais era ainda a primavera tão chata. Depois chegaria o verão. Eu iria viajar para Rio de Janeiro, Niterói. A praia e nada mais.
- Estou como sempre estaria, perfeita. E você?
- Feliz, somente.
- Legal, ei, o que acha de ir para meu apartamento hoje? De tarde, ai você dorme lá... - Não pude acreditar que ela morava só em um apartamento, e perguntei.
- Mora só?
- Claro, minha mãe mora em Osasco, e meu pai e meus irmãos em Vitória. Porquê?
- Nada, é que não queria atrapalhar.
- Você vai? Podemos fazer uma festa do pijama. Chamo umas amigas e você também.
- Ok, está marcado para depois do almoço.
- Tá bem.
Saí de perto de Andressa e fui até Leslie, convidá-la.
- Leslie, minha amiga, cadê o menino?
- Matheus? Está ali, esperando a horas.
- Ah, vou lá, mais antes, você quer ir no apartamento da Andressa fazer festa do pijama, você vai pra casa depois da aula e eu ligo para ela. Ai nos vamos, ok?
- Show! Mais é claro. Agora fala com o Matheus, acho que ele gostaria de ir.
Sentei-me ao lado de um menino calado, mais feliz, bonito e com físico fofo, não gordinho, mais forte.
- Olá, você deve ser o Matheus.
- E você, Jully. Prazer.
- Já estudei com você?
- Não, eu sou novo pela cidade.
- E como me conheçeu? - Eu puchava um papo besta.
- Sei lá, eu conheçia Leslie de onde ela morava antes, e ai ela mostrou você de longe.
- E?
- E eu gostei de sua beleza exótica.
- Obrigado, você também. Só que eu estou namorando.
- Meu primo, Jay.
- Ele é seu primo de verdade?
- Sim, a mãe dele, Amanda, é minha tia.
- Legal, Matheus.
- Faz um favor, me chama de Thetheus, que eu detesto esse nome...
- Ué, Thetheus, por quê?
- Porque... Eu já fui muito idiota com esse nome.
- Mas não é mais.
- A ta.
- E ai, Thetheus, o que acha de participar de uma festa do pijama na casa da Andressa?
- Adoraria, mais se for hoje não vai dar, é que irei para um lugar mais longe.
- Viajar?
- Não, só num bairro, com a família.
- Bom, e se quiser meu e-mail para conversar, é só...
- Tenho ele. Mais acho que você recusa desconhecidos.
- Sim, mais adiciona de novo, juro que aceito desta vez.
- Tá bem. Jully, posso te dizer uma coisinha do nada?
- Claro.
- Você é a menina mais bonita desse colégio, hoje.
- Ah, Thetheus, muito obrigada.
- De nada, é a mais pura verdade.
- Só não é pra bagunçar com meu cabelo, ele é verdadeiro.
- É claro, mais o meu é falso. Ele era preto, e tá meio roxo escuro, escondido nesse moicano.
- Lindo.
- Obrigado, linda.
- Bom, Thetheus, tenho que ir para a aula agora. Beijos.
- Beijos.
Beijei seu rosto, macio como um travesseiro. E ganhei outro em troca. Ele era tão fofo, mais Jay não podia saber disso. Será que ele ler meus pensamentos?

18 - Borboleta dançando na PROSHOWSOUND.

Estava totalmente lindo e tudo pronto quando chegamos na limusine. Eram luzes neon para todos os lados.
- Trouxe nossas lâmpadas-palitos. - sorria Leslie.
- Oba.
Cada um ganhou uma. Jay estava gritando.
- Jay, porque não abre a janela de cima? - falei.
- Esqueçi.
Jay abriu a janela, e em tamanha noite, gritava alto para todo mundo. Subi com ele e gritei também.
- Adorou?
- Amei, sem palavras. Obrigado. - ele agarrou meu percoço e beijei-o sobre a alta janela.
- Estamos vendo, hein! - Falou Leslie, ao lado de seu namorado, ou melhor, de Tom.
- Não me diga que ainda não fez isso.
- Claro que fiz. - ela riu, enquanto fui para o banco da limu.
- Caramba aqui é o máximo! - Tom balançava a lâmpada.
- O que achou, Dav? - Leslie perguntou.
- Nossa, nessa daqui eu to na mira, mana.
- Não brinca tanto vai perder a graça Dav.
Chegamos na boate, onde todos ou a maioria dos convidados já tinham entrado.
- Uou, essa boate é o máximo amiga. - Leslie estava agarrada com Tom, já dançando.
- Sei disso.
Entramos. O som estava altissímo e todos dançavam, comiam e bebiam. Ainda faltava muito para curtir a ''bombada de festa''.
Não demorou muito para Jay me chamar para sair. Saimos para fora e fomos passear um pouco.
- Está cansado? - falei, já imaginando que ele diria concerteza.
- Nem acredito que aguentei dançar tanto.
- Muito menos eu, para falar a verdade, a última vez que fui em uma festa dessas foi no meu último aniverssário.
- Entendi.
- Bom... - ele pegou minha mão, enquanto nos sentamos em um banco, e estava muito escuro. - eu acho que esta foi uma de suas melhores festas, não foi?
- Concerteza. Mais a minha última vez foi nas férias do ano passado. Perto. - ele sorria, pensativo.
- Também entendo.
- Sabe aquela parte do seu primeiro presente? Eu queria repeti-lo.
Não falei nada, apenas peguei em seu rosto liso e macio e beijei-o. Nunca fiz nada igual a isto: Tamanho fim do dia, num escuro beijando um menino em um banco de praça. Isto parecia uma música conhecida.
Ele parou.
- Quero confessar uma coisa. - falou, com as mãos grudadas em meus cabelos lisos. - Eu nunca amei tanto uma pessoa em minha vida. Nunca nem ao menos imaginei ter um namoro tão sério como este.
- Mais é o melhor? Sinceramente?
- O melhor de todos os que tive. Eu só posso dizer que te amo. E por falar nisso, você viu o que Tom pediu a Leslie?
- Sim, ela falou, o mais lindo anel.
- Quero poder fazer o mesmo, posso?
- Sim! - sorri.
- Julie Moore, pelo resto de sua vida, aceita ser minha fiel companheira até o fim, nem que a angústia, a morte ou a guerra possa nos separar?
- Aceito. - eu chorava de alegria, enquanto ele colocava um anel de ouro em meu dedo indicador. Babando, de ouro! Chorava sorrindo, e olhando nos olhos dele. - Jay Buttons, pelo resto de sua vida, aceita ser meu fiel companheiro até o fim, nem que nada nos separe?
- Aceito. - pus um outro anel dourado em seu dedo indicador e beijei-o novamente.
- Você planejou tudo isso? - falei, com máxima alegria, e chorando. Era um casamento de jovens, muito triste e lindo.
- Sim. Eu e Tom - ele enchugava novamente, mas felizmente, as minhas lágrimas doces.
- Eu te amo pra sempre. - eu falei com máxima certeza em meu olhar.
- Eu te amo até o fim. - ele sorria.
- Quer voltar até a festa ou ficar aqui?
- Não sei.
- Vamos, quero mostrar o que ganhei para Lessie.
- Lessie?
- Um novo apelido de Leslie, para irritá-la. Vamos.
- Vamos. - ele pegou minha mão e fomos.
Cheguei na festa, feliz e ouvindo uma música linda, já satisfeita. Leslie estava no palco cantando uma música solo. Romântica. Assim que terminou, acenei para ela.
- Lessie adivinha só o que ganhei?
- Para de me chamar assim, pow! - ela sorriu. - Jay falou, amiga!
- Ai, e você sabia?
- Hoje. Ele me falou quando você estava conversando com a Alê.
- Não acredito. - sorria, fingindo estar aborrecida.
- Tá afim de irmos cantar uma música lá na frente?
- Vamos.
Lessie chamou Jay e Dav, Tom era um membro novo do grupo que tocava baixo.
Cantamos uma música que produzimos a uns dias. Muito pop e com estilo rock mesmo. Nada de Razion novamente - a música de origem.
No fim de nós todos cantarmos a música, ficamos lá até amanhecer o dia, e Jay não negava que fosse uma festa boa.
- A festa está bombando, não é Julie?
- É claro né.
- Viu quem está aqui?
- Quem?
- Jhon.
- O quê? Como ele entrou?
- Ele é amigo da dona, não?
- Ah não, poxa.
- Oi Julie? Tudo bem? - Jhon pegou em minha cintura.
- Jhon, tire as mãos de mim, não estrague a festa do meu namorado.
- A próposito mesmo, eu vim me desculpar.
- Ok, mais vai embora. - evitei-o.
- Tá bom, você pediu.
Ele saiu. Jay olhava para ele com olhos de furia, de longe.
No fim, Jay me levou para casa e eu fiquei só. Dormi.

17 - E o MEU cisne completou 16 anos.

Jay ajudou Tom e voltou.
- Posso saber o que as ''amiguinhas'' estão fofocando?
- Não senhor. - eu disse, satisfeita e correta de que até agora ele não desconfiou, talvez.
- Ah, pode sim. - falou Leslie, piscando escondida para mim.
- O que é então?
- Estavamos falando do menino que agarrou sua namorada no baile do inverno. - disse Leslie.
- Como? Quem foi? - Jay pareceu acreditar.
- Jhon.
- Dessa eu sei, mais o que mais que ele fez com Julie?
- Só. - Leslie sorria solitária, só demonstrando a mão.
- E porque andam falando disso, ela gostou?
- Não, muito pelo contrário. - sorria também, como se fosse uma verdade desconfiante.
- Que bom.
- Jay, piorou. - Tom gritava da cozinha.
- Já vou. Parem de lembrar do passado. - saiu.
Ficou de noite depois de assistirmos alguns filmes e fui para casa. Jay me deu uma carona.
Depois de alguns dias de férias, o aniverssário de Jay chegou. Estava na casa de Leslie, enquanto não sabia onde estava o Jay.
- Leslie, você comprou presente?
- Sim, uma camiseta do nosso time. E você?
- Já falei, a festa.
- Ah sim, claro.
- Amiga, é claro que tem mais alguma coisa, não é? - sorri.
- O que é?
- Segredo entre eu e Jay.
- Ah eu te contei.
- Comprei um notbook novissímo pra ele.
- Caramba!
- É eu sei, ele vai adorar.
- E a festa onde será?
- Aluguei a boate que falei.
- Sério, eu vou de graça?
- Não.
- Como é que é? - ela sorriu, jogando um travesseiro em mim.
- Vinte reais a meia.
Ela se calou.
- Brincadeira, você tem sim.
- Eu sabia.
- E aí, descontei um dinheiro no meu cartão, tá afim de comprar as necessáries?
- Claro, quem chega primeiro? - Leslie saiu correndo, pegou a chave do carro e da casa.
- Já tranquei tudo, vamos?
- Vamos. - disse.
Entramos no carro e fomos até o centro da cidade. Se tem uma coisa que sei que Leslie adora fazer, é fazer compras.
Entramos em uma loja mais ou menos do tamanho de um shopping inteirinho. Eram roupas para qualquer estação do ano.
- Nós vamos para uma balada, então tenho e preciso que comprar uma meia-calça. - Leslie falou, pegando em uma embalagem de seu pedido.
- Para mim, eu preciso de uma saia curta e de um top. Não falta a bota.
- Eu também vou comprar, só que vermelha.
- Perfeito.
O telefone de Leslie tocou.
- Alô? Ah, estou fazendo compras com Julie para o aniverssário do Jay,e você? Ok, então. Beijos te vejo mais tarde amor.
- Era Tom?
- Sim. Ele esta comprando um presente para o Jay, disse que estava com saudades.
- Meninas, vocês são as que pediram botas cano longo? - uma moça perguntou.
- Sim. - falei com Leslie.
- Me sigam.
Compramos nossas botas. Nossas roupas eram as mais brilhantes. Leslie foi até a loja em que estava Tom. Chegamos e compramos alguns acessórios da loja.
- Tom, sabe onde o Jay está?
- Sei, ele foi para um passeio com a irmã dele e o namorado dela.
Pensei em matar a fome de EDUARDA.
- E que horas ele volta?
- Daqui a pouco, é bom nos apressarmos mais.
- Tá, vou para dentro do carro com Leslie.
- Pode ir, eu estou com Relph aqui. Ele vai me dar uma carona.
- Perfeito. - Leslie beijou Tom e saiu.
Entrei no carro com Leslie, que ligou o motor e foi direto para casa.
- Amiga, estou doida para experimentar as botas e fazer maquiagem.
- Eu também.
Leslie foi para o quarto, vestindo uma blusa balonê brilhante, um short jeans com meia calça e suas botas. Ficou linda. Ainda colocou jóias vermelhas, pois as botas com salto eram vermelhas.
- Amiga, você está linda, e eu estou repetindo o que falei no mês passado.
- Obrigada. - sorriu. - Agora vai experimentar a sua.
Vesti meu top preto com lilás, minha saia curta - não quis comprar short. Experimentei minhas botas pretas. Eu me achei linda.
- Leslie, vem cá.
- Oi. - entrou. - Caramba, você tá linda de mais amiga!
- Tá '' eu sei ''. - sorria.
Ficou de noite, e todos já estavam em minha casa. Jay buzinou.
- Entra Jay. - gritei, com a janela fechada para ele não perceber que tinhamos uma festa surpresa, não em casa. Mais um aviso comum.
- Entrei Jul... Cadê as luzes?
- Surpresa ! - todos gritaram quando acendi as luzes.
- Caramba, o que deu em vocês?
- Uma festa, Jay. - Leslie apareceu na multidão de amigos do Jay.
- Mais, com essas roupas? Que festa hein. - ele riu.
- Vai abrir os presentes agora ou mais tarde? - ela perguntou.
- Agora, né? - Jay já desconfiava da roupa e dos presentes.
- Não vai dar. Alugamos uma boate no centro que só entra convidados. - Leslie sorria.
- Não acredito que Julie concordou em fazer isso. - ele olhou para mim.
- Mais é claro que concordei, é seu aniverssário. Quer um presente agora?
- Quero.
- De quem? - perguntei, já planejando.
- Seu.
Beijei-o, e fiz com que todos aplaudissem.
- Gostou?
- Adorei. Mas e minha roupa?
- Vai assim, você é lindo de qualquer geito e com qualquer roupa.
- Uh! - todo mundo gritando.
- Como essa gente vai até a boate? - Jay não entendia.
- Ué, a pé eles não vão né? Aluguei seis carros Dôblo para irmos. - falei, sorrindo a cada minuto.
- Seis? Tem idéia de se tudo isso dá em seis carros? - ele não desconfiou dessa parte.
- Sim. - falei.
- Mas... - Jay não gostou do início.
- Mas nós vamos em uma limusine.
- Quem? - ele riu.
- Eu, você, Leslie, Thomas e Dav, a banda e incluindo uma pessoa, né?
- Não pensei nisso. Vamos logo? - sorria ele.

16- Eu tirei uma foto e meu olho mudou de cor.

Não me lembrei de nada depois de beijá-lo, mais pude ter a certeza de que tudo estava como eu sempre desejava. Uma vida perfeita, sim, como se fosse uma salvação de pleno dia pra tarde. Uma vida incrível como a minha eu pudia sim jurar que ninguém teria uma. Era apenas eu, sentada e calada, mais jurando que nada de melhor já aconteceu comigo. É muito bom quando você se sente no topo da montanha sem nada pra fazer - fora olhar pro céu várias vezes, e sorrindo - e de repente na tarde recebe um beijo de seu parceiro. Me sentia uma fada sobrevoando nas nuvens, e sempre abrindo um sorrido. Era tudo maravilhoso.
Acordei. Era muito tarde, e não acreditei que passei a noite - inclusive a tarde - com Jay. Ele sorria para mim, ao meu lado, em uma de suas camas confortáveis. Fechei os olhos, não podia acreditar que era um pouco de tudo positivo. Abri os olhos e me tocava que tudo era verdade, não era ilusão.
- Está na hora de tomar o café, bela adormecida. - ele sorria, olhando para mim com os olhos atordoados e, mesmo assim, os olhos mais lindos do mundo.
- Ainda não, pode ficar mais um pouco? - falei, fechando os olhos.
- Temos que levantar, se não minha mãe joga um balde de água na nossa cara. - em que lugar do mundo uma mãe joga um balde de água no filho e na namorada dele enquanto eles dormem? Sorri.
- Mais quero dormir, Jay. - eu fiquei mimada por uns segundos.
- Temos um logo dia pela frente. - ele acariciava meus cabelos.
- Está bem. - levantei-me, vesti minhas roupas e fui até uma porta.
- Me espere, onde está indo? - virei-me e ele estava de pé, sorrindo.
- Não é a saída do quarto?
- Não, este é meu outro guarda-roupa. - ele riu.
- Ah sim. Desculpe, é que me confundi, vamos? - imaginei eu pagando um mico pior que estes, acho que não tem. Já imaginou confundir um guarda roupa do quarto de seu namorado, a pessoa mais chegada, com a porta de saída? Que mico.
- Sim, me siga.
Fomos até a imensa cozinha da casa dele e sentamos em uma cadeira.
- Olha só ... E não é que os dois pombinhos acordaram? - era Amanda, espantada com o horário.
- Bom dia Amanda. - sorri, olhando para seu rosto perfeito e suas vestes coloridas.
- Bom dia, Jully querida. Acordaram tarde hoje hein?
- É que a pombinha aqui não queria acordar.
- É sim, estou cansada. - sorri.
- Se quiser deitar mais, querida, fique a vontade. A casa é sua.
- Não, obrigada.
Amanda saíu, e eu e Jay comemos. Era uma mesa explêndida, com variados tipos de pães e doces.
- Vamos comer tudo isto? - decidia: eu observava a mesa ou ele? Totalmente espantada.
- Na verdade, não. Isto é também para Eduarda.
- Ah, sim, mais e o sangue humano?
- Não entendi.
- Ela não se alimenta de...
- Ah sim, mais é que você acha que a mamãe vai deichar ela com fome? Jully, ela é a pessoa que minha mãe mais aprecia na casa. Faz tudo por ela.
- Esse sangue é de alguém de fora?
- Sim.
- Onde vamos depois? - peguei um lenço de papel e limpei meu queixo, estava sujo de cafeína.
- Poderiamos ir para algo menos apavorador. - ele deu uma risada.
- Muito engraçadinho. - sorria eu. Não negava de que ele queria me fazer rir.
- Que tal eu tirar uma foto com você?
- Ótimo.
Ele ficou de pé e foi até seu quarto.
Voltou com seu celular.
- Vou te dar um beijinho na foto tá legal?
- Ah, que idiota. - sorria.
- Vamos.
Ele usou uma mão para segurar o celular e se endireitou a mim. Beijei-o. O flash foi totalmente em meus olhos abertos e tortos, e o que imperfeiçou a foto.
- Ficou ruim, a sua cara saíu muito branca. - ele olhou para o celular e tirou rapidamente uma foto minha. - sorria.
Novamente o flash, mais deste não foi o ruim.
- Jully, seus olhos...
- O que tem eles?
- Estão meio...
Corri até a sala e me reparei a um espelho na parede. Meus olhos estavam meio vermelhos.
- Se acalme, olhe os meus... - os olhos dele estavam lilás, e me acalmei um pouco por não ser só os meus.
- Isso sai, é que você abriu muito os olhos.
- Da próxima vez, se eu tirar foto com uma pessoa que não saiba nosso segredo, ficarei mais esperta e fecharei os olhos...
- E melhor nem tirar, e a sombra?
- Ah, mesmo!
- A foto ficou perfeita. Colocarei ela em um blog com o nome namorada linda. - ele levantou os braços, como se estivesse me ligando ao blog.
- Ele irá pegar vírus.
- Não fale isso, você é linda! - tomei o celular dele e apaguei.
- Porque fez isso? Me magoou. - ele fez cara de triste.
Patético.
- Amor da minha vida, não chora. - eu sorria novamente.
- Não estou chorando. To magoado.
Eu concerteza não acreditaria nesse papo. Embora ele fosse mesmo mimado, eu não sou culpada.
- Então, vamos visitar Leslie?
- Agora?
- É, porquê?
- Por que você só vive visitando a Leslie agora?
- Ela é minha melhor amiga, Jay. Acho que sem ela o mundo não faria sentido.
- E eu, aonde fico nessa conversa?
- No fundo de meus olhos e coração.
- Ah, então ai que eu entendi.
- Vamos, por favor.
- Tá, vai lá trocar de roupa que nós vamos.
- Não troxe. Acordei e vesti uma roupa sua ontem a noite.
- Então fique com esta, e vamos.
- Ok.
A parte que eu providenciava a falar de Jay em meus olhos era apenar uma parte de sua vida em mim. Eu peguei minhas coisas que levei, pequenas.
Jay me esperava na porta. Na porta de sua mansão.
- Tive uma idéia, que tal irmos a algum lago pescar?
- Claro, Jay. - ele odiava pescar, isso eu via em seu desaparecido sorriso.
Entrei no carro.
Chegamos na casa de Leslie em poucos minutos e ela estava com Thomas. Ele estava absolutamente bem. Leslie conversava com ele.
- Ei, Leslie! - Jay chamou ela por frente de sua casa.
- Ah, oi Jay, estavamos falando de visitar você.
- Vim perguntar se estão afim de pescar.
- Aonde? - Tom veio com clareza até Jay.
- Em algum lago fora da cidade. - disse Jay.
- Claro. - sorria Leslie. Ela estava tão feliz como em alguma última vez que sorriu para mim. Alguma coisa alegrou ela esta manhã.
- Vou arrumar minhas coisas. - falou Leslie.
- Vou com ela. - Tom seguia Leslie, enquanto eu percebia a felicidade de Leslie em seu andar. Olhei em suas mãos rosadas, consegui ver pouco, mais vi algum anel brilhando. Era isso, bom, talvez.
Chegaram e Leslie sentou atrás. Tom estava arrumando uma vara de pescar velha.
- Ei, Jay, estou precisando de uma mãozinha.
- Estou indo.
Jay foi, enquanto eu já fui puchando papo com Leslie.
- Amiga, percebi sua felicidade.
- Percebeu? Eu estou nas nuvens com Tom!
- Será que foi esse anel platinado em seu dedo indicador?
- É, foi.
Esperei ela falar algo.
- Ele me deu ontem, a noite. Eu estava deitada em seu colo macio quando ele me matou de susto perguntando se eu queria casar com ele. Um casamento jovem.
- Quantos anos você tem, Leslie? Nem o Jay me deu um. - fingi choramingar, enquanto ela ria.
- Tenho a mesma que a sua, quinze anos.
- Não era 16?
- Não, quem disse?
- Você, se eu não me lembro.
- Hum. Então falei errado, tenho quinze, faço dezesseis no mês que vem.
- Me lembrei de uma coisa!
- O quê?
- As aulas vão começar esta semana, não é?
- Sim.
- Jay fara aniverssário um dia antes das aulas. O que iremos fazer?
- Tenho que falar com Tom. Vamos planejar uma festa surpresa.
- Ótimo. Balada?
- É bom, conheçi Jay esses dias mais sei que ele vai gostar dessa balada.
- Tenho uma idéia perfeita. Foi inaugurada a balada PROSHOWSOUND aqui, perto da casa de Tomas.
- Paga?
- Não precisa, minha mãe é amiga da dona de lá.
- Sério? Estou lá.
- Dia 3, se lembra viu.
Estava faltando somente uns 8 dias para o aniverssário de Jay, ou a festa. Ele estava completamente sem saber o que iamos fazer, tenho certeza de que não desconfiou.

15- Voando e tocando bateria na casa de uma lobisomem.

Acordei cedo depois de ontem e fui procurar Jay.
- Jay? - perguntei, procurando ele.
- Estou aqui. - sua voz vinha da cozinha.
- Onde? - entrei pela porta.
- Na cozinha, meu bem.
- Estou indo. - cheguei a cozinha. - Uau, meu namorado cozinhando? - sorri.
- Não, só estou fazendo uns biscoitos de caramelo. - ele brincou.
- Pegou a receita? - fui abraça-lo
- Sim. E é muito boa. - eu caminhei até uma estante.
- Incluindo o leite condesado. - peguei uma lata de leite condessa e fiquei cutucando. - Devia só olhar, com um poder qualquer, já esquentava um docinho sequer.
- Sim, e ai vai topar mesmo a aula de bateria? - sorriu.
- Claro. Quero ir na sua casa e conheçer seus pais. - eu beijei seu rosto. - Mais eles são perigosos? - gemi.
- Não, eles não fazem mal a quem eu conheço, e a propósito, minha mãe é uma humana normal, eu que sou o defetuoso. Já o meu pai... E assim a minha irmã puchou para ele. - sai, enquanto ele abria o forno.
- E ela é um tipo de mulhisomem?
- Isso ai, mais o nome é MULHER LOBO, não existe abreviação para as mulheres que são lobos, só os homens. Eu tinha um amigo que era lobisomem, ele odiava um vampiro, e numa dessas, ele caiu numa fria e morreu.
- Lamento...
- Sem isso, eu também não gostava muito dele.
Comemos uns biscoitinhos e eu fui tomar banho, depois Jay se vestiu e entrou no carro. Estava quente lá fora, não era verão, mais estava numa temperatura de 36º.
- Jully, o que você acha de quatro meses de namoro? - ele dirigia, sorrindo.
- Para nós dois está ótimo. - eu torci o tornozelo no banco do carro enquanto tentei fazer um coração com a mão.
- Mais só quatro?
- Não, preferia a vida inteira, pelos nossos segredos e pelo nosso amor.
- Ah sim, uma borboleta e um cisne.
Chegamos na sua casa. Uma casa de dois andares e cor de fogo. Um portão enorme e dourado. Muitas janelas e dois cachorros. Entramos pelo portão de carro.
- Não me contou que morava em uma mansão. - olhei para a casa toda; embora demorasse alguns minutos para terminar esta vista.
- Não é uma mansão, chamo apenas de home. - ele entrou.
- Com tudo isso, só se for um homerão mesmo. - sorria, passada com a frase sem intenção que disse.
- Está bem. Jully, eu moro num casarão. - brincou.
- Legal.
Entramos na casa e Jay abriu a porta para mim.
- Seja bem vinda.
- Obrigada.
Ele fechou a porta do carro, e foi para a enorme porta de madeira polida de sua casa. Entrei e observei sua sala de estar. Era totalmente enorme e já se vistava a cozinha, do lado esquerdo. Tudo era enorme, muito lindo.
- Não me contou que tinha tanta coisa bonita em sua casa, amor.
- Bom, não me importo com nada disso. Vamos até meu quarto.
- Está bem.
Caminhamos até uma escada e subimos, lá em cima tinha uma mulher. Aparência perfeita: Morena e bronzeada.
- Jay, querido, está é sua namorada? - ela lançou um olhar severo, mais um pouquinho calmo.
- Sim. - afirmou.
- Perdão, sou Jully. - sorri.
- Sou Amanda, mãe de Jay. Sinta-se em casa.
- Está bem, obrigada Senhora Amanda.
- Só Amanda, por favor. - ela desceu a escada, enquanto eu subi.
- Ela é sua mãe mesmo? Quer dizer, de verdade? - segui Jay.
- Sim.
- Qual a idade dela? - eu parecia entusiasmada.
- 42. - ele sorriu.
- Nossa, ela é muito bonita. - confirmada, ouvindo passos de sua mãe ainda descendo a escada.
- Obrigado. - ele abriu uma porta de metal, simples, e entramos.
Era um quarto enorme e muito incrivel, ou absolutamente maravilhoso.
- É seu quarto?
- Sim, não repare a bagunça. - ele riu, embora eu visse muitas roupas no chão e na cama, o quarto continuava perfeito.
- Cama de casal, duas mesas, três armários. O que falta? - observava sua bateria, melalizada e com um tambô escrito: Jay Buttons.
- Você já está aqui. - ele deitou na cama.
- O que é Buttons? - caminhei para a bateria.
- Meu sobrenome, não ligue. - ele continuava deitado. - Não sou rico, viu.
- Entendo, pensei que fosse Jay Nuvens do Céu.. - sorria, sempre. - Meu nome é Jullie Moore Buttons, sem o céu, que tal?
- Bravo. - ele batia palmas, fortes e barulhentas.
Caminhei agora até a cama e sentei-me ao lado dele, maravilhada com o quarto. Eu descrevera que sua casa era enorme, e, bom, não era tão enorme assim, mais seu quarto era uma maravilha, cabia meu quarto e dez mesas separadas. Era um quarto preto e azul.
- Deite-se.
- E as aulas? - continuei sentada.
- Está para começar, mais descançe um pouquinho.
- Tá bem. - movi-me rápido.
Deitei-me em seu peito, que era forte, porém, macio como sua pele facial. Ele passava as mãos em minhas costas.
- Onde seu pai trabalha? - perguntei, observando o teto do quarto.
- Ele é empresário, dono de uma loja de assesórios para carros.
- Ah.
- E o seu, aliás, o nome dele?
- Ele se chama Oliver, e trabalha em uma fábrica de Freezer. - respondi, obcecada pela resposta.
- Ok, quer começar suas aulas? - tinha me aliviado um pouco com a resposta.
- É bom. - me levantei e sentei em uma cadeira, enquanto ele se direcionava e sentava em um banco horizontal a sua bateria. Começou a tocar.
- A primeira coisa é você saber que tipo de som cada tambô desses faz. Os mais finos fazem um som agudo, que são esses quatro prateados de você observa. Já os maiores, esses cinco que você vê tem uma batida forte, e para fazer o som desejado, é só precionar o braço, e tem mais um além dos cinco, que é um em que você precisa do pé para tocá-lo, ou seja, é só pizar em uma brexinha que a palheta se move abaixo e faz o som, mais se pizar, pize com força.
- Entendi. - estava realmente entendendo, mais o som que ele fizera era forte e tapei os ouvidos.
- Os mais finos demoram segundos para pararem de fazer o barulho agudo, diferente dos maiores, que depois que você bate ele já para de tocar, realizar som.
- Ahan; então significa que tenho que bater as palhetas de mão com mais forças, correto?
- Correto. Quer testar? - sorriu.
- Quero. - levantei-me e fui até o banquinho.
- Venha. - ele saiu do banquinho e sentou em mais um cadeira diferente.
Sentei e começei a tocar, toquei rápido e fiz um barulho legal:
TUM-TUM, TI-TI-TI TUMTUM.
- É Divertido. - sorri, tocando mais ainda e rápido.
- Sim mais precione o braço. - ele alevantou-se e moveu meu braço.
- Estou indo bem professor? - parei de tocar.
- Sim. - ele beijou meu rosto.
- Cansei, vamos deitar?
- Sim.
Deitamos na cama. Uma menina bateu a porta do quarto de Jay.
- Jay, me empresta seu celular? É que preciso ligar para Lully, Ana disse que amanhã vai ter sorteio na aula e não tenho certeza. - ela entrava, era uma menina ruiva de olhos clarissimos, e jovem, com aparência de uns 14 anos. Ela era a lobisomem, me afastei um pouco para o colo de Jay. - Ops. Me desculpem. Por favor Jay?
- Tá Duda, pegue. - Jay sorriu.
- Obrigado, olá, você deve ser Jully não?
- Sim, como sabe? - novamente esta pergunta, pelo menos alguém que deve ser legal perguntou. - sorri.
- Jay só me fala de você, estou cansada. - ela sorriu.
Ela pegou o celular e saíu.
- Ela tem lentes?
- Sim, mais seu olho é azul.
- E então , ela se alimenta de quê? - sorri para ele.
- De sangue de humano, só que os humanos de sangue ruim, entende... Você tem que gostar dela, ela não sente emoções, mais nunca chegue muito perto dela, ela é muito novinha, pode sentir sede rápido. - ele estranhava. - Não tenha tanto medo dela quando eu estiver perto, ela não tem coragem de ficar ao meu lado, meu cheiro pra ela é horrível.
- Como assim?
- Tipo, ela se alimenta de sangue humano, né? Daí que eu sou um animal e ela detesta animais, mais ela me ama. Sou irmão dela.
- E é mais velho.
- Por isso. Ela não chega ao meu lado para saber de nada. Só quando é importante para ela.
- E quem trás sangue humano para ela?
- Hora, ela se vira.
- E as amigas dela !? - eu me espantei.
- As amigas dela são do gênero dela, se não elas não seriam amigas, nem existiriam.
- Ela estuda?
- Não! Se ela chegar numa escola, que tem mais ou menos mais de 200 alunos, todos que estão lá estão ferrados.
- E como ela sabe das coisas?
- Minha mãe só é pequena né...
- Ah, esqueçi dela. - sorri.
- E onde ela anda para conseguir matar alguém?
- Ela vai mais para fora da cidade. Vive nos municípios pequenos, e, a polícia de Standford está a procura dela. Não sabem que é ela, mais eles praticamente viram alguma pegada...
- Hm, e tem como saberem de algo, tipo, o cheiro?
- Os humanos nunca vão sentir o cheiro de um lobisomem tão fácil. Apesar de não acreditarem em lobos, eles culpam cachorros, ou cavalos, mais por causa do pêlo.
- E no dia que ela estiver a mostar, assim, em forma de lobo? - eu estava fazendo perguntas demais, mais eu fiquei mais curiosa...
- Ah, ela corre.
- Hum... O nome dela?
- O nome dela é Eduarda, minha irmã do meio, com 16 anos. Tenho um irmão mais novo, Pietro, de 12 anos. E o outro de um ano mais velho que Pietro, Leonardo.
- Então tem quatro irmãos?
- Sim. Leonardo é o gênio da família hoje.
- Aniversariante?
- Sim, está comemorando seus 13 anos na Flórida, com sua namorada e a tia dele.
- Lobo?
- Não. Ele é uma espécie de morcego. Mais não é fatal, é um morcego vegetariano.
- Vegetariano. Ah sim. Por falar em aniversário, que dia e o seu?
- Mês que vem, dia 3, e como este mês está acabando e ainda faltando alguns dias para as férias acabarem, para o meu aniversário vai ser um dia antes das férias.
- Faltam seis dias, e seu aniversário é em Setembro. O que quer ganhar?
- Queria viajar para Los Angeles e um beijo seu. - sorriu.
- Não posso dar a viajem, mais o beijo pode ser antecipado.
Beijei-o pela centésima vez. Mais demorado e melhor de todos.
- Obrigado.

14- É nesse dia que eu tenho uma premonição.

Tudo ía bem, Thomas voltou a parar de se preocupar e Leslie jogava charme para ele enquanto estavamos no clube, aliás, para mim tudo ia ruim: Encontrei Jhon sentado e lendo um tal livro, que devia se chamar Corcunda de notre dame, pelo que pude ver. Jay chegou para mim, enquanto eu observava o menino sentado.
- Porque tá olhando para aquela coisa? - ele me abraçou.
- Não sei.
- Percebi, nem num clube perfeito você sossega, não é?
- Sossego, mais se Jhon me ver, tudo pode piorar, Jay.
- Só é não dar bola para ele.
- Ok, o que acha de jogarmos DiscoBall? - sorri.
- Ótimo, a primeira eu e você e a segunda Leslie e você, tudo bem?
- Ahan.
Me endireitei e fui até uma mesinha de DiscoBall, um jogo tipo futebol, só que com as mãos e dois jogadores. Jay pegou o pino de seu time e eu segurava o meu. A bola, em forma de cd, se lançou e começamos a jogar. Tinhamos empatado e decidimos fazer penalty. Eu ganhei, e então Jay pagou para mim um sovete de três sabores.
- Oi Jullie, você está linda. - era Jhon atrás de mim, olhei para o Jay e abraçei-o.
- Muito obrigada, mais eu não perguntei nada.
- Só falei. Olá, Jay, como vai?
- Vou bem, e minha gata também. - ele me deu um beijo no rosto.
- Eu vi, você é um cara sortudo. - sorriu ele.
- Ah sim, claro, e você também foi um, mais desperdiçou.
- Não desperdicei nada, seu ... - olhei para Jhon, furiosa.
- Seu o que? - Jay deu um passo para frente, me soltando.
- Seu idiota. - Jhon sorria, olhando para mim.
- Ah é, quer dar uma de covarde? - Jay dera mais um passo para frente, desta vez mais longo.
- Meninos, meninos, por favor, briga não salva ninguém, e Jhon, penssei que fosse legal.
- Desculpe, mais sabe que gosto de você.
- Cara você não se cansa não? - Jay empurrou ele.
- Jay! - Gritei furiosa, puxando ele para meu lado.
- Não me canso não.
- Jully, desista, vamos chamar Leslie para jogar. - Falou Jay, virando de costas.
- Não. - Jhon empurrou Jay. - Eu não vou desistir.
- Jay, não escute ele, por favor. - sussurrei para Jay. - Lembresse de que é um dia calmo, não quero piorar nada e nem quero que saia machucado.
- Desculpe, amor, mais ele está muito encrencado. - Jay andou até a frente de Jhon, abrindo um sorriso maldoso.
- Jay não bata nele! - gritei.
Jay deu mais um empurrão em Jhon, enquanto ele se levantava do chão. Jhon arranhou Jay, e ambos brigaram, mais eu empedi.
- Parem vocêis dois, de agirem como crianças! - gritei furiosa, saindo de perto deles.
- Você me paga, seu maluco. - ouvi Jay me seguir, correndo. Corri.
- Jully, me desculpe, mais ele é muito ... é um ... - falou, segurando-me. - Babaca..
- Eu te desculpo sim, mais nunca em minha face de vida, irei perdoar Jhon.
- Obrigado. - ele me abraçou.
Corri até Jhon, e ele sorria.
- Eu sabia que ia voltar para mim, amor. - falou Jhon, ainda sorrindo.
- Desista! - eu gritava, enquanto todas as pessoas do clube se assustavam. - Você fez algo muito errado, e eu nunca, nunca vou perdoar você, pelas coisas bestas que você faz tentando me animar para eu voltar pra você, e se está esperando, me esqueça, P-A-D-D !- saí, PADD significava Pelo amor de Deus.
Ele foi até mim.
- Não vai dar, eu te amo! - gritou ele.
- Isto que você chama de amor? Pareçe mais com uma estupidez! Me esqueça! - corri até Jay e mandei ele ir para o carro, chamei Leslie e Thomas e fomos.
- Fiquei tão espantada, que era capaz de eu sair corredo para a rua. - falou Leslie, olhando para mim, assustada.
- Ele vai me deichar agora. - concordava, imaginando a última das bobagens que ele aprontou, que Jhon aprontaria.
Deichamos Leslie na casa de Thomas e Jay foi me deichar em casa, enquanto me dava um abraço e me deichou. Estava só em casa e fui ver minhas menssagens novas. Não havia nenhuma, mais tinha uma ligação não atendida. Liguei para o número, que parecia ser o de minha mãe. Alguém atendeu e não era minha mãe, era Alessandra.
- Oi Leslie, descupe ligar antes. - falou Alessandra.
- Não é Leslie. - falei.
- Quem é?
- Jullie. - eu sorria.
- Ah sim, Jully, desculpe, vou ligar para o outro número.
- Tá.
Desliguei, e fui deitar um pouco. Passei mais de três horas dormindo e quando acordei, já era noite. Fui assistir televisão, e caí no sono.
Acordei novamente tarde e não saí de casa, primeiramente porquê o sol estava forte. Fiquei arrumando umas coisas e depois liguei para o Jay.
- Oi Jay.
- Oi Jully.
- Jay, você vai vim para cá? Não vou sair hoje.
- Tá bem. To indo.
Jay entrou e ficou lá até de noite.
- Tarde perfeita, não? - falou ele, sorrindo para mim.
- Sim. - eu sentei no sofá.
- O que acha de ter aulas de bateria? - ele se sentou também, do meu lado.
- Bateria, ah claro. Mais aqui? - ele tocou suas mãos em meu rosto.
- Não, na minha casa. - ele beijava meu queixo.
- Ah ótimo. Quando começa a aula, professor? - sorri
- Amanhã, quando me ligar. - ele beijou minha boca agora.
Um beijo perfeito. Não entre borboletas e cisnes, mais um beijo de verdade.
- Demorado, hein?
- Sim, demorado.
- E bom?
- Perfeito.
- Quer mais um?
- Estou a sua disposição.
Ele pegou minha mão, levando ao seu rosto macio. Sentou em meu colo e beijou minha testa. Depois meu nariz, e novamente minha boca. Não demorou, mais valia. Ele não fez nada de mais, além de dois beijos. Todo dia recebia um beijo calmo e lento dele. Ele tinha respeito, nunca me machucava e nem acelerava em nada. Seu beijo era eleito por mim, ao melhor de todos. A pele, ah, sua pele era como de um deus grego, a pele macia e dourada, e combinava com seus olhos azuis e seu cabelo loiro rebelde. Sim, eu estava certa quando disse que combinava com ele. Meu anjo perfeito, minha vida, meu coração. Ele era absolutamente e somente meu. Pertencia a mim. Meu único e melhor namorado perfeito de toda a face da terra. Eu amo ele, com os poderes que ele tem, eu tenho, com a paciência que ele tem, eu tenho. É mesmo amor de VERDADE.

13 - Pensamentos que me tiram do normal.

Acordei cedo e Jay já estava de pé. Saímos de carro até a casa de Thomas. Leslie estava lá quando entramos, e os pais de Thomas tinham viajado. Jay estava calmo, mais Leslie se desesperava enquanto pensava nos poderes e olhava para as unhas, ela achou a coisa mais impressionante. Thomas descansava, também assustado com o que vira na noite passada. Caminhei até a sala, sozinha, pensando em variadas coisas. Consegui pensar em tudo que acontecia comigo: Era tudo rápido. - primeiro, quando conheci o Jay e já me apaixonada. Foi amor a primeira vista. - segundo, formei uma banda. E ensaiamos apenas um dia para um show escolas. - terceiro, brigamos. Eu ficava com medo de tudo. - quarto, fizemos as pazes. Tudo tão rapidamente. - quinta, nas férias houve um inesperado. Não pensei em mais nada, mais eu sabia que preciva de alguma saída para saber o que era realmente essa emoção que ocorria estranhamente. Ou era eu mesma, ou meus amigos.
- Ela não para de resmungar, quer muito poder. - Jay caminhou até o sofá em que eu me comodava. - O que está pensando?
- No que acontece. - respondi, olhando para o chão.
- Acontece? - ele olhou para mim.
- É, tipo, tudo aconteceu rápido. Nem nas próprias férias conseguimos ter paz.
- Tem razão. Mais isso passa, não é? - ele pegou meu queixo, levantando minha cabeça lentamente, com seu indicador e polegar.
- Sim, passa lento, mais passa. - sorria, esperando algo se posicionar corretamente.
- Thomas queria assistir um filme aqui, vai ficar? - ele perguntou.
- Concerteza.
Jay ficou de pé e foi até o quarto de Thomas pegar um cd, e voltou, inserindo-o dentro de um aparelho de dvd. Chamou Leslie e Thomas, que vieram e sentaram.
O filme se tratava de algo triste ou romântico.
Relatava uma moça que era apaixonada por um homem, e nunca conseguia o que queria, então procurou um médico e quis saber sobre o que aconteceria, e descobriu que estava prestes a morrer num tal dia, ela então aproveitou para ser uma boa pessoa enquanto acreditava que iria morrer, gastando seu dinheiro dia por dia. Quando chegou o dia, a menina esperou para dizer obrigado a última pessoa que lamentasse, quando um médico anunciou que ela era infeliz, mais que não iria morrer, por detecção da máquina. Férias de minha vida.
Eu chorava enquanto via ela acreditando em tudo, sofrendo. Olhava para Leslie e ela estava com o olho roxo, chorando e sorrindo sozinha. Por um motivo, me alegrei mais ao ver que Leslie conseguiu sorrir em um dia tão mal-esperado.
Jay levou Leslie para casa, e Alessandra foi para casa antes do filme, como esqueci. Fiquei só em casa, Jay tinha que acompanhar Thomas, que ficou só.
No dia seguinte, havia carregado meu celular e fui ver minhas menssagens, tinha mais 4, duas do Jhon, como o mesmo assunto, e mais duas da Leslie. Começei a apagar as do Jhon e li as de Leslie.
'' Amiga, te amo, sem você a vida não faria sentidos. L.''
'' Amiga, o Thomas e eu queremos poderes sobrenaturais, nos gostamos tanto que até fogo tentamos transformar em gelo. Beijos, L.''
Acordei e fui ver como Leslie estava, sabia que Thomas estava bem pela menssagem, mais Leslie parecia-me super entendiada e louca. Cheguei na casa de Leslie, e ela me abraçou.
- Leslie você está bem?
- Ótima, só que com um pouco de dorzinha.
- Entendo, estou feliz que esteja bem no sentido feliz.
- Para isso que servem as amigas. Jully, você sabe que eu não vou contar pra ninguém, sabe? - perguntou, indencisa.
- Sim, sei.
- Está bem.
- O que fez ontem depois de assistirmos o filme e irmos embora antes de você entrar no carro?
- Eu beijei Thomas, e conversei um pouco.
- Ah, está bem então.
- Você iria para algum canto hoje?
- Não, Jay não ligou.
A campanhia tocou. Era o Jay, que entrou abraçando Leslie. Me deu um beijo.
- Jay, foi na casa de Thomas? - perguntei.
- Sim, percebi que Leslie está preocupada.
- Sim, claro. Ele não para de falar em teias poderosas ou papel voador.
- Bem, disse que passou um momento pensando em você. - Jay sorria enorme e fechava os olhos.
- Que ótimo! - gritou ela Leslie. - Vão a algum lugar?
- Thomas queria que fossemos para algum clube. Ele quer tomar banho de piscina. - Jay alegrava-se só de ver que Leslie mudou de preocupada para antenada.
- Vamos.
Leslie foi se arrumar enquanto Jay me levou para casa para eu me vestir também.
Terminei e fui com Jay até a casa de Thomas.
- Jully, meu amor, você fica linda com esse short's. - falou Jay, sorrindo.
- Ah, obrigado. Espero te ver de sunga. - sorri.
Chegamos e Thomas estava pronto e de pé.
Fomos pegar Leslie, que estava vestida só de top e de shorts.
- Olha só que menina. - falou Jay, sorrindo.
- Não me zoa amor. - sorri.
Fomos para um clube pequeno com lanche e etc's... O Maria-Limonada, um lugar bacana para acampar ( mais eu é que não vou mais acampar. ) e também com cinco piscinas aqueçedoras e duas gigaaaaaaantes que só cabe umas mil pessoas uma do lado da outra.

12- Um dia de lazer se torna um inesperado.

Tinha acordado tarde, primeiramente porque estava de férias. Minha mãe tinha viajado e então liguei para o Jay para afirmar que seria hoje que iriamos acampar com a turma. Jay foi me buscar e depois passou na casa das meninas, pois Thomas estava com ele.
Escolhemos o Timbalaia, que se localizava na pequena cidade de Mairiporã, um lugar calmo e bom para acampar.
- É ótimo aqui, não é Jay? - eu falei, acariciando as costas dele.
- Perfeito, e ai, vamos fazer nossa casinha? - brincou ele.
- Vamos. - disse, sorrindo e imaginando que esse era o nome para as casas acampadas.
Criamos as pequenas casinhas, uma para mim e para o Jay, uma para Alessandra e um amigo, que eu não sabia que ela levaria, e uma para Leslie e Thomas.
Ficou de tarde e eu e Jay fomos passear na floresta imensa que tinha.
De noite, Leslie e Thomas foram passear perto de uma lagoa, onde ficava a uns 6km longe das casinhas acampadas .
Eu e o Jay ficamos conversando sobre várias outras coisas.
- Jully, você quer ir dar uma volta na lagoa também? - sorriu.
- Deve ser perigoso, esse acampamento só tem guardas lá na frente e podemos se perder. - respondi, sorrindo.
- E então, não devemos chamar Leslie e Thomas? - falou ele.
- Ele quiseram ir, é melhor deichá-los a vontade. - concordei.
- Tem razão. - sorriu. - O que você faria se você se perdesse comigo? - abriu um enorme e malicioso sorriso.
- Eu só se abraçava com você, sabia que estaria segura. - Ri.
- É, mais desejaria que estivesse lá só? - falou, enquanto saboreava uma maçã que estava dentro de uma cesta.
- Só? Não, nunca. Nem imagino. - sorri.
- Já sabia. - gargalhei. - Leslie está apaixonada pelo T.H não é?
- Totalmente, agora que só fala dele.
- Sabia que a última namorada dele foi uma menina do México?
- Jura?
- Sim, se chamava Larissa, se me lembro ,ela era muito bonita.
- Não me faça chorar. - brinquei.
- Mais é verdade. Ele ía pra lá mais uns amigos e ficava com ela.
- Deve ser divertido ficar indo e voltando de um país pro outro, não?
- Divertido? É ruim. Ano passado fui com ele pra Jamaica.
- Sério? - sorri.
- Brincadeira. - ele deichou a maçã e pegou um pote de Nutella.
- Ah, eu sabia.
- Estava brincando.
- Sua origem é um cisne... Você tem poderes...
- Está lendo muito!
- Preciso saber.
- Você, uma borboleta de segredos.
Nesses intantes, eu ouvi um barulho e falei ao Jay.
- Jay, ouviu?
- Não, o quê?
Saíu um ruido da floresta.
- Jay! - veio um grito da floresta que se aproximava.
- Jay, é Leslie! - gritei.
- Sim, vou ver o que aconteceu! - ele correu em direção a floresta.
Leslie chegava desesperada.
- Jay, vamos comigo a floresta, guerra de nuvens no escuro! - Leslie estava desesperada.
- Tá, se acalma eu já vou, Jully fica aí ok? - gritou ele.
- Tá! - respondi, escondendo-me dentro da minha casinha.
Leslie e Jay foram para dentro da floresta e ficaram lá por uns minutos.
Eu sabia que toda a floresta era perigosa, mais não sabia que isso aconteceria. Fiquei esperando super preocupada, e encarei em entrar na floresta. Estava mais tarde ainda e eu ouvia de longe a voz de Leslie.
- Jully, por quê não me disse que tinha superpoderes?
- Bom, eu...
- Íncrivel, Jay fez coisas inacreditáveis, por quê diabos eu não levei minha câmera!
- Se acalma!
- É como que isto aconteçe?
- Leslie, eu...
- Nossa senhora! - Jay passava mão no lábio, suando.
- Oque aconteçeu?
- Ele comanda os céus, as nuvens... - Leslie falou.
- E?
- E daí que ele fez elas pararem e clarearem um pouco...
- Com algum tipo de poder animal?
- Um cisne!
- E eu sou uma borboleta...
- Meu deus, quero ser uma fada, posso?
- A vontade... - falei, rouquinha.
- Por favor... - Leslie implorava.
- Eu leio sua mente, você é trouxa. Não tem destino para maioria das coisas, nenhum de seus pais é um Rei, e Thomas também não. Você pode ser uma se parar de amá-lo... - Jay falava, sem piscar os olhos.
- Ah... Não quero parar de amar Thomas, desisto.
- Isso foi meio mal, não foi?
- Não se preocupe, Jay. É a verdade, não é...
- Sim... - ele lamentou.
- Meu deus, isso é incrível, Jaysinho... - Thomas veio gritando.
- Ah, não te ilude, chapa. - Jay ficou meio sério, e com medo de alguém mais descobrir, ou de Thomas, Leslie, Alessandra e eu estarmos em muito, muito perigo. - Não contem pra ninguém. Segredo de grupo.
- Ah claro. - todo mundo falou.
- É que, vocês estão em perigo...
- Ei, Jay, nem sendo sua amiga eu posso ter algum tipo de poder? - Leslie estava com vontade de voar de verdade.
- Não. Você só pode mudar a cor de sua unha.
- Ahn?
- Feliz, verde, apaixonada, vermelho, triste, preto.
- Minha unha está vermelha! - ela ergueu as mãos.
- Hmm.. acho que Thomas sabe porque. - interrompi.
- Ah bobona, e a sua? - Leslie perguntou.
- A minha eu não sei, se existem só essas cores...
- Existem mais, que cor está a sua? - Jay pegou minha mão. Ele olhou para mim.
- Branco. Você não sabe o que fazer ou está preocupada com alguém.
- Jully, você está preocupada com quem? - Leslie perguntou de novo.
- Com vocês... Jay me contou que não é fácil...
- Mais nós não temos poderes, não temos que se preocupar... - Leslie sorriu, passando a mão em meu ombro.
- Mais é que... - assustei-me.
- Ela quer dizer que vocês com a nossa presença perto estão em perigo, pois muitos de filhos de reis males podem destruí-los por lhe forçarem a contar segredos ou pedirem e vocês não comprirem...
- Uau... - Leslie tirou a mão de meu ombro e ficou de boca aberta.
- Esqueçam. Vamos para o hospital, eu me machuquei um pouquinho...
Arrumamos nossas casinhas e saímos.

11- O gavião se mete na minha vida.

'' Acho que você se esqueçeu de mim, não foi? Eu fui na sua casa, mais nem assim te conquistei. Jully, você sabe que eu ainda gosto de você desde o ínicio de nossa amizade e nosso namoro, mais por quê me abandonou? Eu sou ruim ,sou chato, não mostro meus sentimentos? Me responde por favor. E queria saber se voce pode ser minha namorada novamente. Um beijo e abraço. Jhon. ''
A primeira coisa que fiz foi apagar a menssagem, e assim que apaguei, novamente recebi outra, com o mesmo assunto. Apaguei com nenhuma vontade de ler, embora fosse boa ou ruim. Odiei a menssagem e o que enviou, e tinha certeza de que se Jay visse, já tinha acabado com o Jhon. Jhon era apenas um nada na minha vida, e só foi meu namorado pois Tânia ,uma amiga ótima, disse que ele era fofo e gentil. Mais até agora, com dois anos sem se falar, não acredito que ele ainda goste de mim, e pra falar a verdade, não sei como ele acha que eu gosto dele.
Recebi outra menssagem, mais com um assunto diferente.
'' Amiga,não te conto! Aconteceu uma coisa incrivél, me liga! Leslie. ''
Liguei para Leslie com maior curiosidade.
- Leslie?
- Oi Jully, preciso te contar algo incrível!
- Que foi, fala!
- Thomas me mandou uma menssagem, dizendo que amanhã vai vim para cá e vem me visitar, ele me pediu em namoro!
- Amiga que ótimo!
- É sim, obrigada por ouvir.
- De nada, conte comigo pra tudo.
- Tchau.
- Tchau.
Dormi calma e feliz por minha melhor amiga conseguir o menino que ela tanto gosta.
No próximo dia, acordei e fui tomar banho, esperei Jay vim e ele chegou.
- Estou indo! - gritei, sempre fui péssima em gritar, e por motivos de que minha voz fosse delicada, eu poderia ficar sem falar.
Cheguei no carro e abraçei ele.
- Vamos pegar Leslie primeiro?
- Por quê? - ele perguntou.
- Ela quer ir no aeroporto, Thomas quer vê-la.
- Ok.
Fomos até Leslie e ela chegou no carro toda feliz e falou variadas coisas, mostrou a menssagem. Chegamos no aeroporto e lá estava Thomas, esperando ela.
- Olá gata. - brincou Thomas.
- Oi meu anjo. - Leslie beijou ele.
- E ai, Jayzinho, truta. - sorriu Thomas.
- Oi T.H. - sorriu Jay.
Ele ficou abraçado com Leslie.
- Olá, desculpe a demora, sou Jully.
- Olá, Jully. Namorada do Jay?
- Sim.
- Certinho, heim. - ele riu.
- Ah, é claro, Jay é meu anjinho da guarda. - abraçei Jay e beijei ele.
Todos riram e eu fiquei abraçada com Jay.
- Tá solta né, meu amor? - Jay ria só.
- Aham. É meu lado natural. - eu sussurei no ouvido dele: - Meu lado borboleta.
Entramos no carro.
- Vamos ao boliche? - perguntou Jay.
- Vamos. - todos concordaram com a tal idéia.
Jay seguiu o carro até a área de lazer Boliche's New e todo mundo desceu. Thomas acompanhou Leslie e eu com Jay.
Tudo foi simples, eu errei só uma quando joguei a bola, e Jay acertou somente duas, Thomas e Leslie acertaram todos.
Cheguei em casa e Jay entrou.
- O que achou de hoje? - perguntei.
- Foi bom, eu sou ruim em boliche. - Jay riu.
- Ah não brinca.
- Vamos dormir.
Eu e Jay dormimos e acordamos cedo, desta vez ele estava lá, dormindo. Acordei ele e pedi para vestir sua roupa. Saí com ele de carro para a aula e tivemos aula juntos. Uma aula de filosofia. O professor Juanes chegou na sala e disse que iamos sentar em dupla para um trabalho de casa. Eu sabia que Leslie queria ir comigo,mais o Jay também.
- Leslie, vou com o Jay está bem? - olhei sorrindo.
- Está bem, vou me sentar com Thomas agora que ele chegou. - ela fez um sinal de legal.
Sentei com ele rapidamente .
- Senhorita Jully? - perguntou o professor, sério.
- Sim professor? - respondi, sorrindo.
- Não mandei formar nenhuma dupla agora. - ele resmungou.
- Me desculpe professor, estava me empolgando. - sorri, sem nenhuma doçura no meu sorriso, que era sempre torto.
- Está bem. - resmungou novamente.
Desformei minha dupla e esperei . Depois, sentei-se com Jay e não houve problema. Toda a aula foi ótima.
Pegamos cinco semanas de férias, em uma greve do colegial. Eu planejei passar a metade das férias com Leslie, Alessandra, Jay e Thomas em um acampamento, Dav iria para uma cidade distante.
Minha mãe foi me buscar na aula.
- Filha, vou viajar para Los Angeles em parte do emprego semana que vem, pode ficar? - disse ela assim que entrei no carro.
- Fico, aliás, planejei com o Jay e os meninos para passamos uma metadinha em um acampamento. Vou aproveitar o verão, ok?
- Ok. - falou ela.
- Sim. E eu vou cuidar casa, mais você vai hoje?
- Irei amanhã cedo. Vou deichar um bilhete e um dinheirinho para você.
- Está bem.
De noite, fui dormir e esperava logo que chegasse o acampamento.
Sonhei com borboletas e cisnes apaixonados. Eu era uma borboleta rosa meio lilás, e ele era que nem ele É.

10- Borboletas assistem jogos de futebol.

Entrei no carro, sorrindo para o Jay. Ficamos calados por um minuto.
- Então, não vai me contar o que falou? - sorriu.
- Ah bom ele queria saber se eu senti falta e eu disse que não, então ele queria sair comigo e eu disse que iriamos viajar.
- Mentiu por mim? - ele abriu um sorriso enorme.
- Sim. E o brilho?
- Ah, é natural, todos temos.
- Mais você tem um lindo brilho circulando seus belos olhos.
- E você é linda.
- Sem palhaçadas.
- O brilho é da natureza mesmo, talvez do cisne. E você é linda.
- E ai o que vamos fazer?
- Está passando um jogo de SPO x FLA na arena.
- Vamos chamar Leslie para ir?
- Está bem.
Fomos buscar Leslie, e eu ficava calada.
- Leslie. - gritei na frente da casa dela.
- Estou indo. - falou ela na porta.
- Vamos pra arena? - perguntei.
- Claro, vai começar o jogo de São Paulo x Flamengo. - disse ela, entrando na porta.
- Vamos Jay.
- Estou indo. - falou ele, ligando o carro.
- Ei, vamos passar lá na Alessandra, ela queria ir.
- Ok. - falou Jay.
Chegamos numa casa pequena, cor vermelha, e Leslie chamou Alessandra.
- Oi Leslie, oi Jay, e você é...
- Jully, prazer.
- Olá Jully
- Alê, vamos pro jogo? A Letícia disse que vai .
- Vamos então. - falou ela entrando no carro.
Chegamos na arena, e estava totalmente lotada, compramos ingressos e compramos bandeirinhas do nosso time: Flamengo, é claro, e sendo que mesmo eu morando em SP eu não gostava nem um pouco do time, nasci no RJ. Entramos e sentamos na arquibancada central, que estava mais lotada ainda.
O jogo tinha começado uma meia hora depois e todos gritavam. Os jogadores entravam. Todos se curvaram e depois sentaram de novo. O jogador 4 do time de São Paulo iniciou o jogo chutando a bola e os outros seguiram. Para minha má sorte, o primeiro gol foi do São Paulo.
- Quase que eles deram o gol, não foi Jully? - Alessandra falou alto, do meu lado.
- É, por um trisque. - falei, a voz suando e rouca.
Mais no último tempo, nosso time marcou dois gols e ganhou, eu, Jay e Leslie somos do FLA e a Alessandra de SPO. Eu e as meninas gritamos, enquanto Jay assobiava alto.
- Nossa, foi um bom jogo. - falou Leslie, se alevantando para sair.
- Maravilhoso. - Falei.
Saímos e fomos deichar Alessandra em casa, e depois Leslie. Jay me deichou em casa por último e me acompanhou até a porta.
- Tchau, minha vida . - Falou ele, sorrindo.
- Tchau, eu te amo - Falei.
- Como amanhã é domingo, vou te buscar para irmos até o Boliche,ok?
- Tá bom. - Beijei-o e ele entrou no carro, buzinou e foi embora.
Entrei em casa e minha mãe estava assistindo o jogo que acabava de começar na televisão.
- Quem ganha? - Peguntou minha mãe, comendo um sanduíche pequeno.
- Flamengo. - sorri. - Boa noite.
- Boa noite. - ela se alevantou e me abraçou.
Entrei no meu quarto e peguei meu celular, vendo as mensagens que recebi. Tinham duas antigas do Jay, uma da Leslie, e uma desconhecida. Era desconhecida porque eu mal conhecia o número e muito menos o assunto: Um beijo.
Antes de ver a menssagem, fui tomar banho, nem um pouco preocupada com a menssagem, porque sabia que não era do Jay, pois todos os assuntos que ele manda são escritos: Te amo pra sempre.
Saí do banheiro e fui vestir minha roupa, depois fui jantar. Quando fui ver meu celular, tinha agora uma nova menssagem, do Jay. Começei a ler a menssagem.
'' Não sei o que deu em mim mais agora você não saí da minha cabeça e eu só pensso em nóis dois. Já imaginou eu e você adultos e casados? É super estranho e é a primeira vez que eu pensso nisso ( Rindo ). Mais imaginei nós dois em uma casa simples criando uma filha, uma borboletinha. Brincadeira, eu só estou sem papo. Te amo, um beijo. Jay ''
Sorri pra mim mesma e depois fui deitar. Tinha certeza de que não tinha mais nada para fazer. Foi quando me lembrei da menssagem. Li a menssagem.

9- Eu consegui passar a metade do dia sem ele.

Se passaram muitos e muitos dias depois de tudo o que eu passei e do que fiz junto com Jay. Certamente eu poderia esclarecer que o inverno haveria acabado, mais meu amor por ele sempre continuára. Estávamos no outono, onde folhas sempre ficam amarelas, e eu ficára com o coração em imenso prazer.
- Está gostando da primavera, senhorita Jullie Awards? - estára eu na casa de Leslie fazendo um trabalho de português. Ela sorriu
- Awards? - não teria me explicado de onde iria vir essa palavra. - Por quê Awards? - abri um sorriso.
- Para ser sincera, não acredito no que vi e ouvi você tão calma. - ela sorrira novamente. - Como conseguiu? - ela riu.
- Consegui o quê? - falei.
- Conseguiu ficar metade da sua tarde sem o Jay, e não sei como ele não veio te procurar. - ela falava rindo e escrevendo em nosso trabalho.
- Ah, nada. Ele ainda vem. - abri um sorriso enorme. - Ele sempre está do meu lado mesmo não é? Penssei que não conseguisse ver, juro. - estava sentada na minha cadeira rindo e ela copiando.
- Sempre vejo, e tenho certeza absoluta de que ele vai para sua casa quase todas as noites, não é. - ela caia aos risos e eu continuava no meu estado: Somente sorria.
- Ainda não tinha percebido.
- Bom, não importa, mais fique sabendo que todos nós já percebemos.
- Ok. Então como está nosso trabalho? - mudava de conversa com vontade.
- Está perfeito. - Sorria.
- Não percebeu que eu tinha terminado a primeira parte? - ela já sabia a resposta.
- Não, desculpe, agora que eu vi.
- Está bem. - nesse instante a campanhia tocou.
- Estou indo! - gritou Leslie. - Quem será heim? - Perguntou para mim e caminhou até a porta, descalço.
- Quem dera, senhor Jay, veio visitar senhorita Jullie? - ela sorriu enquanto eu ía até ele abraçá-lo.
- Suponho-me que sim. - ele agarrava minha cintura e eu segurava seu pescoço, enquanto eu dava um beijo no rosto macio e doce dele. - Vamos para casa, sua mãe está te esperando, amor.
- Mamãe? - estranhei-me por segundos.
- Sim. - ele disse.
- Mais por quê tão cedo? - estava super preocupada, e Jay e Leslie sabiam.
- Não sei, ela me ligou pois seu celular não atendeu e então me mandou vim aqui para te levar, vamos. Tchau Leslie - ele acenou para ela.
- Tchau, tchau Jully! - ela acenava, mais sem sorrir.
- Tchau.
Entrei no carro e chegamos, e minha mãe estava sorrindo para nós na frente de casa.
- Ola mãe, por quê me chamou tão cedo? - não sorria e muito menos abraçei-a.
- Sinto muito, mais queria lhe apresentar alguém novamente. - ela falou.
Alguém? Quem seria esse alguém? E o que significava o '' novamente '' ?
- Quem, mãe? - tentava procurar esse alguém em todos os lados.
- Olha só filhinha quem veio te visitar, se lembra do Jhon? - saiu de dentro de casa um menino de cabelos morenos e meio-magro, pálido, sorrindo para mim.
Minha nossa, não podia acreditar que minha mãe deixou-o entrar. Meu ex-namorado da oitava série, por quê, por quê isso aconteceu? Terminei com esse menino há anos!
- Sim. - não sorri, apenas segurava a cintura do Jay que estava me acompanhando.
- Então? Entre e conversem.
- Ah mãe, eu ia com o Jay lá na Leslie pegar meu trabalho. - fiquei furiosa e lancei a ela um olhar severo. - Tenho que ir. - tentei de tudo para fugir, mais ela me ingnorou.
- Filha, era apenas seu namorado, agora é um amigo. - ela piscou e eu ingnorei-a.
- Ele era seu namorado? - Jay sussurou baixinho em meu ouvindo.
- É, mais eu odeio ele. Ele é chato demais. - falei, incrécula. - É um porre de um baito ciumento e pega no meu pé, até pareçe que nasceu comigo.
- Observe que eu tenho meu próprio brilho nos olhos. - ele me beijava.
- Jay você pode nos deichar um tempinho? - pediu minha mãe, sorrindo para ele. - Quero que Jully conversse com o colega dela.
- Perdão, Senhora Kristin, é que eu tenho que esperar Jully para pegar algo.
- Depois venha! - sorria ela.
- Jay, vá, prometo que não irei fazer nada de mal. - pisquei para ele.
- Promete mesmo? - olhei em seus olhos e vi um brilho.
- Sim. E depois me fale do seu brilho nos olhos. - beijei-o novamente, tentando acalmá-lo.
Ele tinha ido embora e tinha certeza que ele ía voltar e espiar pela porta da frente. Entrei e fiquei sentada esperando Jhon sentar.
- Sente-se. - olhei para ele sem nenhum sorriso.
- Então, Jully, como você está? Sentiu minha falta? - ele sorria.
- Estou ótima, e pelo que viu, tenho namorado. - abri um sorriso ingnorante.
- E ama ele? - ele parecia sarcástico, imaginando que eu ainda o amava, mais estava muito enganado.
- Estou totalmente apaixonada por ele. - Confirmei.
- Amor a primeira vista? - Ele olhava para mim calmamente.
Como? Não entendi, virou detetive, espião? Para quê você quer saber da minha vida?
- Sim, mais e você como anda? - eu disse. Ainda não aprendi a voar.
- Ótimo. Pensei em sairmos neste fim de semana.
- Não vai dar, eu tenho que viajar com Jay - menti.
- Posso ir?
- Ah, não temos muitas pessoas para nos acompanhar. - sorria felizmente.
- Sinto muito.
- Ok. Bom agora eu tenho que ir, meu namorado está me esperando. - sorri para ele e dei um abraço sem nenhuma vontade.
- Quando iremos nos ver novamente? - eu queria dizer nunca, mais não respondi isso, aliás, não queria magoar ninguém e estragar meu dia.
- Quem sabe no mês que vem. - sorri.
- Mês que vem? Vai ficar fora o mês todo?
- Eu não tenho tempo.
- Está bem. Tchau.
Eu saí e esperei o Jay, que estava no carro me esperando, e com os olhos brilhando, tão lindo como sempre. Como um cisne.*