sábado, 24 de abril de 2010

6- A borboleta brigando com o cisne.

Passaram uns meses em que eu ficava nos colégio com Jay e Leslie, e sempre andavamos juntos. Não havaria melhor momento do que namorar com Jay. Tudo era perfeito. Depois de três meses juntos, Jay tinha dormido em minha casa novamente e felizmente. Dormi.
Acordei com nenhuma novidade dele, mais ele iria me ligar, como prometeu, e certamente não iria me preocupar.
Me arrumei para a aula e fui a pé, pois minha mãe estava cansada. Na aula, não me avistei com Jay, e ficava sempre preocupada. Meu único problema era que eu poderia ser extressada de mais.
Caminhei até minha sala preocupada com o Jay. Não sabia onde ele morava e não encontrei nem um sinal dele. Se ele estivesse invisível na escola, eu também não duvidava, pois ele iria me avisar.
A aula foi estranha, não ouvi nada que o professor disse e só pensei no Jay, onde ele estava, e porque não me acordou?
O recreio e a segunda aula, para mim foram péssimos. Na hora da saída, recebi uma ligação da minha mãe dizendo que não podia ir me buscar porque estava numa reunião do trabalho então fui a pé para casa.
No caminho, estava observando um menino andar a uns quilômetros na minha frente e achei familiar. Ele caminhou e olhei para seu andar. O andar eu conheçia e tinha certeza de que era o Jay.
- Jay! - gritei.
Ele olhou para trás e sorriu.
- Jully. - ele caminhou até a mim.
Ele me abraçou e me deu um beijo no rosto.
- Onde você estava?
- Eu tinha acordado e me lembrei da aula fui para casa mais era tarde, então fiquei...
- E eu? Não me deu nem um tchau.
- Você estava dormindo tão bem ...
- Dormir não é tão importante quanto sair sem avisar. E porque não atendeu quando liguei? - eu começava a me extressar rapidamente.
- Desculpe, meu celular estava descarregado.
- Mais chamou.
- Sim, mais depois desligou. Desculpe novamente.
- Está bem, desculpe mais me sinto uma péssima pessoa. - fiz cara de culpada, e desta vez eu era mesmo culpada.
- Não fale isso, você é a melhor!
- Fala sério... E aonde você está indo? - quis logo mudar de conversa, e me aborrecia consigo mesma.
- Ía fazer ASA-DELTA.
-Agora?
- Sim.
- Ah. Desculpe.
- Desculpar?
- Por se meter na sua vida. Ai que besta, não precisei chamar.
- Não, você precisava sim. É tudo assim todos erramos mesmo.
- O que é assim? Eu?
- Não.
- Olhe para mim, uma péssima namorada, curiosa, que só vive preocupada com você como se eu não cuidasse nem de mim mesma! -eu pareçia rouca, e gritava na calçada, totalmente extressada.
- Jully, você só está...
- Piorando? Eu sei que estou! - interroguei novamente, onde senti minha primeira ou última lágrima de raiva cair de raiva, raiva de mim mesma.
- Eu ia dizer ajudando. - ele enxugava minhas lágrimas, enquanto eu não parava de chorar.
- Oh. - comecei a chorar novamente. - Me desculpe. Eu sinto muito. Estou mesmo piorando as coisas. - caminhei e deichei-o para trás.
- Não, Jully. Você sabe que nunca vai piorar, porque eu te amo! - ele me seguiu.
- Eu também Jay. Mais veja o meu estado. Acho melhor darmos um tempo...
- Mais pra quê, Jully? - ele abaixou seu tom de voz.
- Apenas dê um tempo. Eu preciso. - chorei e caminhei, desta vez ele não me seguiu.
- Está bem. - ele pareceu preocupado e triste.
Eu fiquei pensando e chorando ao mesmo tempo. Estraguei tudo. Ele começou a namorar comigo só a três meses e hoje já brigamos. O que aconteceu comigo? E os nossos segredos? Eu era uma borboleta.
Cheguei em casa chorando e fui para o meu quarto. Me magoava mil vezes e não entendi por que me extressei. Tentei de alguma forma usar meus poderes. Usei minhas forças, mais nada.
E como estaria o estado de Jay? Se sentindo culpado e lamentando pelo que houve? Eu devia ter dito a ele que ele não era o culpado e que eu nunca queria fazer ele ficar triste.
Dormi rapidamente e minha mãe chegou a alguns minutos.
- Jully? - eu ouvi ela falar e fingi dormir. - Jully, querida, acorde.
Eu acordei com os olhos rochos.
- Jully, meu amor, o que houve com você? Aconteçeu algo no caminho para casa? - ela se sentou na cama.
Eu começei a chorar e abraçei-a.
- Querida, me conte. O que houve. - ela estava preocupada de mais e eu não queria que ela achasse que eu era louca, mais eu era.
- O Jay mãe. - lembrei em não contar para ninguém sobre os poderes sobrenaturais. Mais me dei de conta que só ia falar meu sofrimento, ou mostrar.
- O que tem o Jay minha filha, o que ele fez?
- Ele tinha me pedido em namoro a uns meses e ontem veio aqui. Só que eu sou péssima nisso e estraguei tudo...
- Se acalme, isso aconteçe.
- Não mãe, não é como o que aconteçe em um filme, é real, eu não quero que ele se sinta culpado! - Chorei e gritei bastante.
- Acalme-se, não fique assim. Amanhã eu deicho você faltar aula mais não fique assim ok?
- Tá mãe mais e o Jay?
- Se acalme, ele ficará bem ... Nada vai aconteçer. Quer água?
Balançei a cabeça. Ela saiu e foi buscar. Era tudo bárbaro. A pobre e coitada borboleta haveria magoado o coração do seu cisne. Mais ela saberia lá no fundo que não ia ficar assim.

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