sábado, 24 de abril de 2010

7- Tem uma montanha atrás dos segredos chamada ajuda.

Tudo ía mal, minha mãe trouxera o copo de água e eu o possuía. Era tudo estranho, eu não tinha certeza de nada, minha mente estava vazia e sem saídas. Pensei em ligar pro Jay várias vezes, mais tudo me impedia. Eu tinha medo de tudo dar errado.
- Deite um pouco. - minha mãe me consolou.
- Está bem. - minhas lágrimas pararam de sair e certamente dormi.
Se passaram horas, e eu tinha acordado muito tarde, de noite. Não queria ir a aula no dia seguinte, era impossível eu me encorajar e ir. Me sentia perdida, sem nada pra fazer.
Tentei ler um livro para pegar no sono outra vez, mais não conseguia. Minha mãe estava dormindo e então aproveitei para comer alguma coisa do balcão, na cozinha.
Avistei me aos biscoitos da tarde retrasada e joguei-os, com mais tristeza ainda. Fui até a sala e assisti televisão, pegando no sono.

- Filha? - era minha mãe me acordando, e como pude ver, já era cedo.
- Sim? - estava tonta e minha voz saía rouca.
- Vái à aula hoje? - ela já sabia a resposta.
- Não mãe. Mesmo assim obrigado por perguntar. - voltei ao sono.
- Está bem.
Minha mãe foi trabalhar e eu fiquei em casa, como se eu estivesse perdida sem saber o que fazer.
Minha vida era mais ou menos uma prisão agora: Começei a namorar um menino lindo, no terceiro mês de namoro briguei com ele, fiquei em casa sem nada pra fazer. Parecia terrível, era muito terrível. Eu me sentia no fundo do poço.
O celular tocou. Eu me gemi.
- Alô?
- Oi Jully. Por quê você faltou?
- Quem fala?
- É a Leslie. O que aconteçeu que você faltou aula?
- Ah, Leslie, uma coisa horrivel!
- Hum, me conta, sou sua amiga, pode confiar.
- Você está na aula?
- Não, na lanchonete.
- Com o Jay?
- Sim, Jay, Dav e Alessandra, mais o que houve?
- Quem é Alessandra?
- Uma amiga. Me conta.
- Mais tarde eu te conto está bem? E não fale de mim para o Jay.
- Está bem, mais tarde vou na sua casa ok?
- Sim. Tchau.
- Tchau Jully.
Eu fui deitar mais um pouco e não conseguia mais dormir. Pensei bastante no meu caso, sempre pensava, pra tudo eu não me forçava a vencer. Era um medo e uma agonia que mechia na minha mente e eu chorava aos segundos.
Estava tarde, mais uma tarde desastrosa. A campanhia tocou. Era Leslie. Abri a porta para ela. Ela se sentou comigo.
- O que houve Jully? - ela pareçia saber de tudo.
- Acho que você já sabe, Jay contou?
- Sim. Mais nem tudo. Me conta de novo.
- Bom, eu estava saindo da escola e encontrei-me com o Jay, perguntei para ele por quê ele tinha faltado e ele falou que voltou tarde ontem de manhã, quando ía para casa.
- Ah, quando ele saiu de sua casa e foi para a dele? - entendeu.
- Sim. Ai eu me escandalei devagar e fiz várias perguntas. Me desculpei e pedi um tempo. Ele parecia se sentir culpado, e é isso o meu medo. Eu amo ele mais não consigo fazê-lo feliz.
- Consegue, eu acho que ele não vive sem você. Ele perguntou de você na aula todinha. Me perguntou o que você disse no telefone.
- E você falou?
- Sim, ele me emplorava para dizer. Sinto muito.
- Não sinta. A culpa é minha.
- Deve ligar para ele.
- Não, é pior, e por favor, não conte da mancha que eu te disse.
- Não é Jully, ele está num estado horrível! Não se preocupe com a mancha.
- Mais tarde eu ligo.
- Se você não ligar, ele vai ligar. Bom Jully tenho que ir, minha mãe mandou eu ir na casa de uma amiga dela para devolver um chip.
- Está bem.
- Sabe que o que eu falo é para o seu bem, não sabe?
- Sim, Leslie.
- Ok, tchau.
- Tchau.
O que eu devia fazer? Enquanto a Leslie saía eu me perguntava se ligava ou não. Decidi esperar ele ligar, mais fiquei super nervosa. Deu o inicio noite e nada, então eu sentia de que devia ligar de qualquer modo.
Liguei.
- Alô?
- Jay?
- Sim, Jully. Quero falar uma coisa com você.
- Deiche-me falar primeiro.
- Está bem.
- Jay, eu sinto muito, não quero que você se sinta culpado, pois sou eu que não consigo te fazer feliz. Mais você sabe que eu te amo muito, e não se preocupe sobre os segredos. Só falei para a Leslie mais nada muito afora ok?
- Ok, eu também sinto. E você me faz feliz, eu sou a pessoa mais feliz do mundo com você.
- Oh Jay, mais veja o que eu fiz.
- Isto aconteçe. Mais devemos ter mente para vencer a si mesmos.
- Me perdoa?
- Sim, claro. E você, me perdoa?
- Perdoar? Eu sou a culpada.
- Me perdoe, por favor.
- Está bem.
- Eu te amo, Jully.
- Eu também, Jay!
- Namorados?
- Se algo der errado de novo, finja que nada aconteçeu, ok?
- Claro. Tenho que ir, tchau.
- Não! Não pode ficar por mais uns minutos, por favor?
- Está certo.
Houve uns segundos de silêncio e eu não consegui esqueçer de perguntar.
- Jay?
- Sim? - Ele repondeu e perguntou.
- Sinto sua falta. Mais agora me deu sono.
- Vá dormir então, e amanhã você tem aula, tá?
- Sim. Tchau.
- Tchau.
Eu continuava no fundo do poço, mais esse relevo me mostrava que não era o fundo, era o mais profundo, me senti um relevo total, sabia que não estava mais difícil. Era romantico, era lindo, uma perfeição que só o amor que eu sentia pelo Jay poderia vencer isso tudo, e a coragem também. Era a montanha da ajuda das nuvens.

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