sábado, 24 de abril de 2010

8- A pobre borboleta tentando escrever, ou o cisne.

Nunca tinha imaginado que eu podera amar tanto alguém em minha vida. Acordei com tanta esperança de ir para a aula, e por fim, não tive bastante vontade de ir ao colégio, mais não era matéria, era somente um ser que parecia-me indistrutível: O Jay.
Cheguei no colégio totalmente pálida e nenhuma vontade de falar até pensar em algo.
- Olá. - me pareceu nunca ter ouvido aquela voz, mais eu sempre lembrava o tom, a voz que eu tanto amava.
- Bom dia. - minha voz estava rouca, como eu cifrava meus tons.
- Sentiu minha falta? - alegrou-se como se estivesse se libertando de tudo.
- Sim, senti. - falei, enquanto olhava para o chão tentando melhorar minhas frases, as menos criativas. Desejava que elas fossem românticas e ideáis.
- Eu também senti. - Jay estava tão esperançoso, mais do que na última vez que o ouvi.
- Estou meio intimidada. - Não entendi minha fala.
- É preciso, hum... - ele olhou nos meus olhos. - Eu fazê-la sorrir?
- Não, só de ver você, fico totalmente feliz. - eu dei um sorriso torto e indesejável.
- E porquê está intimidada?
Não respondi, não iria ter coragem de lembrá-lo o que eu fiz a ele, tinha ferido seus sentimentos e agora eu parecia piorar.
- Não vai me responder?
- Acho melhor não. - olhei em seus olhos como se eu fosse diretamente e novamente ao fundo do poço.
- Não se sinta culpada. - ele anunciava felizmente. - Ninguém foi culpado.
- Esqueça. O que acha de irmos à aula? - eu continuava no lugar onde estava.
- Vai bem. - ele sorriu - Sala 18?
- Não, sala 13.
- Posso segui-la?
- Claro. - Sorri, desta vez sabia que ele ia ficar na sala 13.
Caminhamos até a sala e tivemos uma aula comum, como a de todas. Ele totalmente não tirou os olhos de mim, sorria a todo instante, mas sempre olhava para baixo de minha mesa também.
A hora do intervalo se iniciava, e eu estava a procura de Leslie, mais não tinha me preocupado, além do mais, Jay estava segurando minha mão, e eu sorria.
- Jully! - Leslie deu uns passos rápidos para chegar até a mim.
- Oi Leslie. - eu sempre sorria para ela.
- Oi Jay. Fizeram as pazes? Ops, desculpe lembrá-los. - ela fez uma careta.
- Nada, estavamos mesmo falando disso. - apertei a mão do Jay.
- É, é sim, nós estavamos nos desculpando. - Jay sorriu, o sorriso perfeito.
- E botaram a culpa no tempo? - ela deu uma risadinha silenciosa.
- É - Eu continuava a sorrir. - Na erosão que fez a montanha cair.
- Bom tenho que procurar o Dav, tchau. - ela acenou enquanto saia.
Eu olhei para o Jay e caminhei a uma mesa. Fiquei segurando sua mão e olhava para ele, procurando uma palavra para mim.
- Então, como você se sentiu antes de ligar para mim? - eu estava totalmente rouca.
- Péssimo. - ele sorriu - Parecia que o mundo estava caindo sobre mim.
- Oh, mais estava sobre mim! - eu franzi as sobrancelhas. - Era horrível e doloroso.
- Sim, era. - ele afastou a cadera em que sentará para perto de mim e ainda segurava minha mão. - Mais o importante é que eu estou com você agora. Ele veio lentamente até mim e segurou meu pescoço, beijando-me.
- Eu te amo. Nunca irei me cansar de dizer isto. - sorri.
- Eu amo mais. - ele se levantou, mais continuava segurando minha mão.
- Aonde vamos? - olhei para seus lindos olhos novamente.
- Espere até ver o que não pôde ver antes
Fomos até a sala que estavamos e eu o vi caminhar até uma mesa, a mesa que eu estava sentada.
- A nossa sala? - sorri.
- Olhe no chão.
Eu me abaixei .
- Um papel, e? - levantei-me, sorrindo.
- Bom eu olhei tanto para você esperando que você pegasse o papel e pudesse ler.
- Ah, então posso ler agora?
- Talvez, e se não gostar, me dê um tapa.
Eu dei uma risadinha. Começei a ler.
'' Jully, minha querida Jully. Sabe os céus o que sentimos um pelo outro, os passarinhos, mais também sabe o nosso coração, cujo andam sempre um do lado do outro, mesmo sem percebermos. Para eles, não há brigas, não há razão para discutir. Então, seja lá o que aconteça, você estára agora olhando para mim, se sabe, mais eu não preciso olhar para você para lembrar do seu rosto perfeito... Só preciso pensar em você, buscar você do meu coração e passar o tempo que posso com você. Eu te amo, Jay ''
- Oh Jay. - abraçei-o forte, beijando seu rosto macio.
- Você vai me dar um tapa? - ele riu.
- Nunca mais irei ferir você, nem que queira.
- Imagino. Sou ruim em cartas...
- Ruim? Eu sou pior, você é ótimo! - senti meu rosto tocar no dele. - Ah eu te amo, eu te amo, eu te amo, e sou capaz de falar até virar difunto.
- Oh, eu também. - ele sussurou em meu ouvido calmamente.
Pareçia mesmo a Barbie e o Lago dos cisnes, era um conto de fadas. A noiva cadáver, ou Magia de Aladus, tanto faz, era incrível!
- Jay, o que acha de algum dia, me ensinasse a voar?
- Olha, eu não sei voar e não sou o super-homem...
- De que importa, um dia será importantíssimo eu aprender a voar, não e verdade?
- É. Jully, eu não queria te meter em encrenca.
- Que encrenca?
- Bom, nós não somos fáceis, chamamos atenção de outros filhos de reis quando passam ao nosso lado ou a 10km de distância. Isso não é legal para você, que ainda vai aprender seus novos poderes. É difícil, sabe...
- Já participou de uma guerra?
- Um dos filhos de Neon, rei da Terra, ousou por meu nome a ser destruído na Chama de Aladines.
- Ala o que?
- Aladines, uma espécie de destruição poderosa que, tipo, pode nos matar na hora, se for preciso. E sabe, eu não gostei da idéia e fiquei com raiva.
- E foi até ele?
- Fui, era a minha única saída, se não eu morreria.
- E, doeu?
- Concerteza, guerramos com chamas, com espadas, com a prova do mais corajoso. Foi a fase mais difícil da minha vida, quer dizer, eu sofri de verdade pela primeira vez depois desse dia.
- Nossa.
- Por, isso Jully, não quero que se meta...
- Mais eu te amo!
- Eu sei, eu também...
- Tem que me ensinar a praticá-os, é preciso.
- Você tem certeza disso?
- Claro! Não vou ficar longe de você numa dessas!
- Entendo, mais por favor, não fale isso pra ninguém, ninguém nesse mundo.
- Leslie vai saber...
- Sim, sem ser ela... Outras pessoas, que não conheça ou não seja de confiança... Elas podem ser mais perigosas do que imagina...
- Todos temos poderes?
- Nem todos, alguns são trouxas.
- Não está assistindo muito filme? - eu ria para ele.
- Não, de verdade...
- Trouxas, quem não tem nenhum tipo de poder.
- Isso mesmo...

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